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Tuesday, May 25, 2021

PT-- Manlio Dinucci -- A Arte da Guerra -- Porque é que a UE se destaca contra a China




A Arte da Guerra

Porque é que a UE se destaca contra a China

Manlio Dinucci

 

O Parlamento Europeu, em  20 de Maio, congelou a ratificação do Acordo UE-China sobre investimentos, assinada em Dezembro pela Comissão Europeia após sete anos de negociações.  A resolução foi aprovada por uma esmagadora maioria com 599 votos a favor, 30 contra e 58 abstenções. É formalmente motivada como sendo a resposta às sanções chinesas contra membros do Parlamento Europeu, decididas por Pequim depois dos seus funcionários terem sido sujeitos a sanções, rejeitadas pela China, por violação dos direitos humanos, particularmente os do Uighur. Os legisladores da UE argumentam que, se bem que as sanções chinesas sejam ilegais porque violam o Direito Internacional, as sanções europeias são legais porque se baseiam na defesa dos direitos humanos aprovados pelas Nações Unidas.

 

Qual é o verdadeiro motivo que se esconde por trás da capa de "defesa dos direitos humanos na China"? A estratégia, lançada e liderada por Washington, de recrutar países europeus para a coligação contra a Rússia e a China. A alavanca fundamental desta operação é o facto de 21 dos 27 países da UE serem membros da NATO sob comando USA. Na primeira fila contra a China, tal como contra a Rússia, estão ao mesmo tempo os países de Leste, membros da NATO e da UE, que, estando mais ligados a Washington do que a Bruxelas, aumentam a influência dos EUA na política externa da UE. Uma política que segue substancialmente a dos Estados Unidos, sobretudo através da NATO. Mas nem todos os aliados estão ao mesmo nível: a Alemanha e a França fazem acordos com os Estados Unidos com base na conveniência recíproca, enquanto a Itália obedece, mantendo-se em silêncio em detrimento dos seus próprios interesses. O Secretário-Geral da NATO, Stoltenberg, pode assim declarar, no final da sua reunião com o Presidente francês Macron, em 21 de Maio: "Apoiaremos a ordem internacional com base em regras contra o impulso autoritário de países como a Rússia e a China".

 

A China, que até agora a  NATO colocava em segundo plano como "ameaça" ao concentrar a sua estratégia contra a Rússia, está agora a ser posicionada ao mesmo nível. Isto vem na trilha do que estão a fazer em Washington. Aqui a estratégia contra a China está prestes a tornar-se lei. No Senado dos EUA, o projecto de lei S.1169 sobre a Competição Estratégica com a China, foi apresentado a 15 de Abril por iniciativa bipartidária do democrata Menendez e do republicano Risch. A exposição dos motivos do projecto de lei não deixa dúvidas de que o confronto é abrangente: "A República Popular da China está a incentivar o seu poder político, diplomático, económico, militar, tecnológico e ideológico para se tornar um concorrente estratégico global quase igual aos Estados Unidos. As políticas cada vez mais seguidas pela RPC nestas áreas, são contrárias aos interesses e valores dos Estados Unidos, dos seus parceiros e de grande parte do resto do mundo". Nesta base, a lei estabelece medidas políticas, económicas, tecnológicas, mediáticas, militares e outras contra a China, com o objectivo de atacá-la e isolá-la. Uma verdadeira declaração de guerra, não no sentido figurativo. O Almirante Davidson, que dirige o Comando Indo-Pacífico dos Estados Unidos, pediu ao Congresso 27 biliões de dólares para construir uma cortina de bases de mísseis e sistemas de satélites em torno da China, incluindo uma constelação de radares em plataformas espaciais. Entretanto, a pressão militar dos EUA sobre a China está a aumentar: lançadores de mísseis da Sétima Frota estão a navegar no Mar do Sul da China, bombardeiros estratégicos da Força Aérea dos EUA foram estacionados na ilha de Guam, no Pacífico Ocidental, enquanto os drones Triton da Marinha dos EUA foram trazidos para mais perto da China, transferindo-os de Guam para o Japão. Na peugada dos Estados Unidos, a NATO está também a alargar a sua estratégia à Ásia Oriental e ao Pacífico onde - Stoltenberg anunciou - "precisamos de nos fortalecer militarmente juntamente com parceiros próximos como a Austrália e o Japão". O Parlamento Europeu não deu, portanto, simplesmente mais um passo na "guerra de sanções" contra a China. Deu mais um passo no sentido de motivar a Europa para a guerra.

 Manlio Dinucci

il manifesto, 25 de Maio de 2021

FR -- Manlio Dinucci -- L'Art de la guerre -- Pourquoi l’Ue se met en rang contre la Chine



 L’Art de la guerre

Pourquoi l’Ue se met en rang contre la Chine

Manlio Dinucci

   Le Parlement européen a gelé le 20 mai la ratification de l’Accord Ue-Chine sur les investissements, conclu en décembre par la Commission européenne après sept années de tractations. La résolution a été approuvée à une majorité écrasante avec 599 voix pour, 30 contre et 58 abstentions. Formellement, elle se trouve motivée comme riposte aux sanctions chinoises contre des membres du Parlement européen, décidées par Pékin après que ses fonctionnaires avaient été soumis à des sanctions sur l’accusation, rejetée par la Chine, de violation des droits humains en particulier des Ouïgours. Les législateurs Ue soutiennent que, tandis que les sanctions chinoises sont illégales parce qu’elles violent le droit international, celles de l’Ue sont légales parce qu’elles se fondent sur la défense des droits humains établie par les Nations Unies.

   Quel est le véritable motif qui se cache derrière le paravent de la “défense des droits humains en Chine” ? La stratégie, lancée et conduite par Washington, pour recruter les pays européens dans la coalition contre la Russie et la Chine. Le levier fondamental de cette opération est le fait que 21 des 27 pays de l’Union européenne sont membres de l’OTAN sous commandement USA. Au premier rang contre la Chine, comme contre la Russie, se trouvent les pays de l’Est en même temps membres de l’OTAN et de l’Ue, lesquels, étant plus liés à Washington qu’à Bruxelles, accroissent l’influence étasunienne sur la politique étrangère de l’Ue. Politique qui suit substantiellement celle des Etats-Unis surtout par l’intermédiaire de l’OTAN. Mais tous les alliés ne sont pas sur le même plan : Allemagne et France se mettent d’accord en sous-main avec les Etats-Unis sur la base de convenances réciproques, l’Italie par contre obéit en se taisant au détriment de ses propres intérêts. Le secrétaire général de l’OTAN Stoltenberg peut ainsi déclarer, au terme de sa rencontre avec le président français Macron le 21 mai : “Nous soutiendrons l’ordre international fondé sur les règles contre la poussée autoritaire de pays comme la Russie et la Chine”.

  La Chine, que l’OTAN mettait jusqu’ici au second plan comme “menace” en focalisant son énergie sur la stratégie contre la Russie, se trouve à présent  placée sur le même plan. Ceci se produit dans le sillage de ce qu’on est en train de faire à Washington. Où la stratégie contre la Chine est sur le point de devenir loi. Au Sénat des Etats-Unis a été présenté le 15 avril, sur initiative bi-partisane du démocrate Menendez et du républicain Risch, le projet de loi S. 1169 sur la Compétition Stratégique avec la Chine. La motivation de la loi ne laisse pas de doute sur le fait que c’est une confrontation tous azimuts : “La République Populaire Chinoise est en train de tirer parti de son pouvoir politique, diplomatique, économique, militaire, technologique et idéologique pour devenir un concurrent mondial stratégique, presque à égalité, des Etats-Unis. Les politiques poursuivies de plus en plus par la RPC dans ces domaines sont contraires aux intérêts et aux valeurs des Etats-Unis, de ses partenaires et d’une grande partie du reste du monde”. Sur cette base, la loi stipule des mesures politiques, économiques, technologiques, médiatiques, militaires et autres contre la Chine, visant à la frapper et à l’isoler. Une véritable déclaration de guerre, pas au sens figuré. L’amiral Davidson, qui est à la tête du Commandement Indo-Pacifiqque des Etats-Unis, a requis au Congrès 27 milliards de dollars pour construire autour de la Chine un rideau de bases de missiles et systèmes satellites, y compris une constellation de radars sur plateformes spatiales. Pendant ce temps augmente la pression militaire USA sur la Chine : des unités lance-missiles de la Septième Flotte croisent en Mer de Chine Méridionale, des bombardiers stratégiques de l’US Air Force ont été déployés sur l’île de Guam dans le Pacifique Occidental, tandis que des drones Triton de l’US Navy ont été approchés de la Chine en les transférant de Guam au Japon. Dans le sillage des Etats-Unis, l’OTAN aussi étend sa stratégie à l’Asie Orientale et au Pacifique où -annonce Stoltenberg- “nous avons besoin de nous renforcer militairement avec des partenaires proches comme l’Australie et le Japon”. Le Parlement européen n’a donc pas accompli simplement un nouveau pas dans la “guerre des sanctions” contre la Chine. Il a accompli un nouveau pas pour amener l’Europe en guerre.

Edition de mardi 25 mai 2021 d’il manifesto
Traduit de l’italien par Marie-Ange Patrizio

 


L’Arte della guerra

Perché la Ue si schiera contro la Cina

Manlio Dinucci

 

Il Parlamento europeo ha congelato il 20 maggio la ratifica dell’Accordo Ue-Cina sugli investimenti, siglato in dicembre dalla Commissione europea dopo sette anni di trattative.  La risoluzione è stata approvata a schiacciante maggioranza con 599 voti favorevoli, 30 contrari e 58 astenuti. Essa viene formalmente motivata quale risposta alle sanzioni cinesi contro membri del Parlamento europeo, decise da Pechino dopo che suoi funzionari erano stati sottoposti a sanzioni con l’accusa, respinta dalla Cina, di violazione dei diritti umani in particolare degli Uighur. I legislatori Ue sostengono che, mentre le sanzioni cinesi sono illegali poiché violano il diritto internazionale, quelle europee sono legali poiché si basano sulla difesa dei diritti umani sancita dalle Nazioni Unite.

Qual è il vero motivo che si nasconde dietro il paravento della «difesa dei diritti umani in Cina»? La strategia, lanciata e guidata da Washington, per reclutare i paesi europei nella coalizione contro la Russia e la Cina. Leva fondamentale di tale operazione è il fatto che 21 dei 27 paesi dell’Unione europea sono membri della Nato sotto comando Usa. In prima fila contro la Cina, come contro la Russia, ci sono i paesi dell’Est allo stesso tempo membri della Nato e della Ue, i quali, essendo più legati a Washington che a Bruxelles, accrescono l’influenza statunitense sulla politica estera della Ue. Politica che segue sostanzialmente quella statunitense soprattutto tramite la Nato. Non tutti gli alleati sono però sullo stesso piano: Germania e Francia si accordano sottobanco con gli Stati uniti in base a reciproche convenienze, l’Italia invece ubbidisce tacendo a scapito dei suoi stessi interessi. Il segretario generale della Nato Stoltenberg può così dichiarare, al termine dell’incontro col presidente francese Macron il 21 maggio: «Sosterremo l'ordine internazionale basato sulle regole contro la spinta autoritaria di paesi come la Russia e la Cina».

La Cina, che finora la Nato metteva in secondo piano quale «minaccia» focalizzando la sua strategia contro la Russia, viene ora messa sullo stesso piano. Ciò avviene sulla scia di quanto stanno facendo a Washington. Qui la strategia contro la Cina sta per diventare legge. Al Senato degli Stati uniti è stato presentato il 15 aprile, su iniziativa bipartisan dal democratico Menendez e dal repubblicano Risch, il progetto di legge S.1169 sulla Competizione Strategica con la Cina. La motivazione della legge non lascia dubbi sul fatto che il confronto è a tutto campo: «La Repubblica Popolare Cinese sta facendo leva sul suo potere politico, diplomatico, economico, militare, tecnologico e ideologico per diventare un concorrente globale strategico, quasi alla pari, degli Stati Uniti. Le politiche perseguite sempre più dalla RPC in questi ambiti sono contrarie agli interessi e ai valori degli Stati Uniti, dei suoi partner e di gran parte del resto del mondo». Su tale base, la legge stabilisce misure politiche, economiche, tecnologiche, mediatiche, militari ed altre contro la Cina, miranti a colpirla e isolarla. Una vera e propria dichiarazione di guerra, non in senso figurato. L’ammiraglio Davidson, che è a capo del Comando Indo-Pacifico degli Stati uniti, ha richiesto al Congresso 27 miliardi di dollari per costruire attorno alla Cina una cortina di basi missilistiche e sistemi satellitari, compresa una costellazione di radar su piattaforme spaziali. Intanto aumenta la pressione militare Usa sulla Cina: unità lanciamissili della Settima Flotta incrociano nel Mar Cinese Meridionale, bombardieri strategici della US Air Force sono stati dislocati sull’isola di Guam nel Pacifico Occidente, mentre droni Triton della US Navy sono stati avvicinati alla Cina trasferendoli da Guam al Giappone. Sulla scia degli Stati uniti, anche la Nato estende la sua strategia all’Asia Orientale e al Pacifico dove – annuncia Stoltenberg – «abbiamo bisogno di rafforzarci militarmente insieme a stretti partner come Australia e Giappone». Il Parlamento europeo non ha dunque semplicemente compiuto un ulteriore passo nella «guerra delle sanzioni» contro la Cina. Ha compiuto un ulteriore passo per portare l’Europa in guerra.

Manlio Dinucci

Il manifesto, 25 maggio 2021

 

Tuesday, May 18, 2021

NL -- Manlio Dinucci -- De kunst van oorlog -- F-35's bombarderen Gaza

 


De kunst van oorlog

F-35's bombarderen Gaza

Manlio Dinucci

ENGLISH  PORTUGUÊS  NEDERLANDS 

Woordvoerder Zilberman van de Israëlische strijdkrachten kondigde de start aan van de bombardementen op Gaza, en preciseerde dat "80 gevechtsvliegtuigen deelnemen aan de operatie, waaronder de geavanceerde F-35's" (The Times of Israel, 11 mei, 2021). Het is officieel de vuurdoop voor het vijfde generatie gevechtsvliegtuig van het Amerikaanse Lockheed Martin, aan de productie waarvan ook Italië deelneemt als tweedelijns partner.

Israël heeft al zevenentwintig F-35's van de VS ontvangen en heeft afgelopen februari besloten niet langer vijftig maar vijfenzeventig F-35's te kopen. Daartoe heeft de regering een extra toewijzing van 9 miljard dollar uitgevaardigd: 7 werden door de VS gratis militaire "hulp" van 28 miljard aan Israël toegekend, 2 werden door de Amerikaanse Citibank als lening verstrekt.

Terwijl Israëlische F-35 piloten werden opgeleid door de Amerikaanse luchtmacht in Arizona en Israël, bouwden de ingenieurs van het Amerikaanse leger in Israël speciale geharde hangars voor de F-35's, geschikt voor de maximale bescherming van beide gevechtsvliegtuigen op de grond, en hun snelle opstijging bij aanvallen. Tegelijkertijd hebben de Israëlische militaire industrieën (Israel Aerospace en Elbit Systems) in nauwe samenwerking met Lockheed Martin het tot "Adir" (Krachtig) omgedoopte gevechtsvliegtuig verbeterd: vooral zijn vermogen om door vijandelijke verdedigingswerken heen te dringen en zijn actieradius die bijna werd verdubbeld.

Deze capaciteiten zijn zeker niet nodig om Gaza aan te vallen. Waarom worden dan de meest geavanceerde gevechtsvliegtuigen van de vijfde generatie ingezet tegen de Palestijnen? Omdat het dient om F-35's gevechtsvliegtuigen en hun piloten te testen in echte oorlogsactie waarbij huizen in Gaza als doelwit worden gebruikt op een schietbaan. Het maakt niet uit of zich in de huizen die het doelwit vormen hele families bevinden.

De F-35's, toegevoegd aan de honderden jachtbommenwerpers die de VS reeds aan Israël hebben geleverd, zijn ontworpen voor nucleaire aanvallen, met name met de nieuwe B61-12 bom. De Verenigde Staten zullen deze kernbommen binnenkort inzetten in Italië en andere Europese landen, en zullen ze ook leveren aan Israël, de enige kernmacht in het Midden-Oosten met een arsenaal dat wordt geschat op 100-400 kernwapens. Als Israël het bereik van de F-35 gevechtsvliegtuigen verdubbelt en op het punt staat acht Boeing Pegasus tankers van de VS te ontvangen voor het bijtanken van de F-35's tijdens de vlucht, dan is dat omdat het zich voorbereidt op een aanval, zelfs nucleair, tegen Iran.

De Israëlische nucleaire strijdkrachten zijn geïntegreerd in het elektronische systeem van de NAVO in het kader van het "Individueel samenwerkingsprogramma" met Israël. Hoewel Israël geen lid is van het bondgenootschap, is het geïntegreerd met een permanente missie in het NAVO-hoofdkwartier in Brussel. In hetzelfde kader heeft Duitsland zes Dolphin-onderzeeërs aan Israël geleverd. aangepast voor het lanceren van kernraketten (zoals Der Spiegel in 2012 documenteerde).

De militaire samenwerking van Italië met Israël is een wet van de republiek geworden (wet nr. 94 van 17 mei 2005). Deze wet voorziet in een uitgebreide samenwerking, zowel tussen strijdkrachten als militaire industrieën, met inbegrip van activiteiten die geheim blijven omdat ze onderworpen zijn aan het "Veiligheidsakkoord" tussen beide partijen.

Israël heeft aan Italië de Opsat-3000 satelliet geleverd, die beelden met zeer hoge resolutie uitzendt voor militaire operaties in verafgelegen oorlogsgebieden. De satelliet is verbonden met drie centra in Italië en tegelijkertijd met een vierde centrum in Israël, als bewijs van de steeds nauwere strategische samenwerking tussen de twee landen.

Italië heeft Israël dertig Leonardo Aermacchi gevechtsvliegtuigen geleverd voor de opleiding van piloten. Nu kan het Israël een nieuwe versie van de M-346 FA (Fighter Attack) leveren, die - zo heeft Leonardo Industry gespecificeerd - tegelijkertijd dient voor opleiding en voor "grondaanvalsmissies met 500-pond drop munitie, en precisie-geleide munitie die in staat is het aantal te raken doelen tegelijkertijd te verhogen ". De nieuwe versie van het gevechtsvliegtuig - Leonardo Industrie onderstreepte - is bijzonder geschikt voor "missies in stedelijke gebieden", waar zware gevechtsvliegtuigen "vaak worden gebruikt in laagbetaalde missies met hoge operationele kosten". Ideaal voor de volgende Israëlische bombardementen op Gaza, die kunnen worden uitgevoerd met "een kostprijs per vlieguur die tot 80% lager ligt", en die zeer "kosteneffectief" zullen zijn, dat wil zeggen dat ze veel meer Palestijnen zullen doden.

Manlio Dinucci

 (il manifest, 18 mei 2021)

Nederlandse Vertaling: Martien

DE -- Manlio Dinucci -- "Die Kunst des Krieges" -- Die F-35 bombardieren Gaza

 

"Die Kunst des Krieges"

Die F-35 bombardieren Gaza

von Manlio Dinucci

Die Vereinigten Staaten, die über vier Munitionslagerbasen in Israel verfügen, stellen dort auch ein umfangreiches Arsenal bereit. Israel, das bereits eine der mächtigsten Luftwaffen der Welt besitzt, testet derzeit die F-35 im Kampfeinsatz gegen die Palästinenser.

Voltaire Netzwerk | Rom (Italien) | 18. Mai 2021

italiano




 

Der Kommandeur der US-Genietruppen, Brian Trzaska, bei der Zeremonie der Verleihung der neuen Hallen für die F-35, die von der US-Army in Israel (20. März 2021) gebaut wurden.

Der Sprecher der israelischen Verteidigungskräfte Zilberman kündigte den Beginn der Bombardierung des Gazastreifens an und erklärte, dass "80 Jäger, einschließlich der F-35 Adir, an der Operation teilnehmen werden". Es ist offiziell die Feuertaufe des Jägers der fünften Generation der US-amerikanischen Firma Lockheed Martin, an dessen Produktion auch Italien als Partner zweiter Ebene teilnimmt.

Israel, das bereits 27 Jäger F-35 aus den USA erhalten hatte, hat im letzten Februar beschlossen, nicht mehr 50, sondern 75 zu kaufen. Zu diesem Zweck hat die Regierung eine weitere Zuweisung von 9 Milliarden Dollar verfügt: 7 aus der "militärischen" kostenlosen Hilfe von 28 Milliarden, die Israel von den USA gewährt wurden, und zwei Milliarden von der US-amerikanischen Citibank als Darlehen. Während die israelischen F-35-Piloten von der U.S. Air Force in Arizona und Israel trainiert werden, baut das US- Army-Genie in Israel spezielle, verstärkte Hallen für die F-35, die sowohl für den größten Schutz der am Boden befindlichen Jäger, als auch für ihren schnellen Start bestimmt sind, wenn sie zum Angriff starten. Gleichzeitig erhöhen die israelischen Militärindustrien (Israel Aerospace und Elbit Systems) in enger Zusammenarbeit mit Lockheed Martin die Leistung des Jägers, der auf Adir (Mächtig) umbenannt wurde: vor allem in seiner Fähigkeit, feindliche Abwehrkräfte zu durchdringen und seinen Aktionsradius, der fast verdoppelt wurde. Die Kapazitäten sind sicherlich nicht notwendig, um Gaza anzugreifen. Warum werden dann die fortschrittlichsten Jäger der fünften Generation gegen die Palästinenser verwendet? Weil sie dazu dienen, die F-35 und die Piloten in einer echten Kriegsaktion zu testen, indem man die Häuser in Gaza als Ziel des Schießpolygons benutzt. Egal, ob sich in den Zielhäusern ganze Familien befinden.

EN -- Manlio Dinucci -- The Art of War -- F-35s bombing Gaza

 


The Art of War

F-35s bombing Gaza

Manlio Dinucci

 ENGLISH  PORTUGUÊS  NEDERLANDS  

 

Israeli Forces spokesman Zilberman announced the start of the bombing of Gaza, specifying that "80 fighters are taking part in the operation, including the advanced F-35s" (The Times of Israel, May 11, 2021). It is officially the baptism of fire for the US Lockheed Martin’s fifth-generation fighter,  whose production Italy also participates in as a second-level partner.

 

Israel has already received twenty-seven F-35s from the US, and last February decided to buy no longer fifty F-35s but seventy-five. To this end the government has decreed a further allocation of 9 billion dollars: 7 were granted by a US to Israel free military "aid" of 28 billion, 2 were granted as a loan by the US Citibank.

 

While Israeli F-35 pilots were being trained by the U.S. Air Force in Arizona and Israel, the US Army Engineers built in Israel special hardened hangars for the F-35s, suitable for both fighters’ maximum protection on the ground, and their rapid take-off on attack. At the same time, the Israeli military industries (Israel Aerospace and Elbit Systems) in close coordination with Lockheed Martin enhance the fighter renamed "Adir" (Powerful): above all its ability to penetrate enemy defenses and its range of action which was nearly doubled.

 

These capabilities are certainly not necessary to attack Gaza. Why then are the most advanced fifth-generation fighters used against Palestinians? Because it serves to test F-35s fighters and their pilots in real war action using Gaza homes as targets on a firing range. It does not matter if in the target houses there are entire families. 

 

The F-35s, added to the hundreds of fighter-bombers already supplied by the US to Israel. are designed for nuclear attack particularly with the new B61-12 bomb. The United States will shortly deploy these nuclear bombs in Italy and other European countries, and will also provide them to Israel, the only nuclear power in the Middle East with an arsenal estimated at 100-400 nuclear weapons. If Israel doubles the range of F-35 fighters and is about to receive eight Boeing Pegasus tankers from the US for refueling the F-35s in flight, it is because it is preparing to launch an attack, even nuclear, against Iran.

 

The Israeli nuclear forces are integrated into the NATO electronic system within the "Individual cooperation program" framework with Israel. Although not a member of the Alliance, Israel is integrated with a permanent mission in the NATO headquarters in Brussels. In the same framework, Germany supplied Israel with six Dolphin submarines. modified for launching nuclear missiles (as Der Spiegel documented in 2012).

 

Italy’s military cooperation with Israel has become a law of the Republic (Law No. 94 of May 17, 2005). This law establishes comprehensive cooperation, both between armed forces and military industries, including activities that remain secret because they are subject to the "Security Agreement" between the two parties.

 

Israel has supplied Italy with the Opsat-3000 satellite, which transmits very high-resolution images for military operations in distant war theaters. The satellite is connected to three centers in Italy and, at the same time, to a fourth center in Israel, as a proof of the increasingly close strategic collaboration between the two countries.

 

Italy supplied Israel with thirty Leonardo Aermacchi fighters for pilot training. Now it can provide Israel with a new version of the M-346 FA (Fighter Attack), which - Leonardo Industry specified - serves at the same time for training and for “ground attack missions with 500-pound drop ammunition, and precision-guided ammunitions capable of increasing the number of targets to hit at the same time “. The new version of the fighter - Leonardo Industry underlined - is particularly suitable for "missions in urban areas", where heavy fighters "are often used in low-paying missions with high operating costs". The ideal for the next Israeli bombings of Gaza, which can be carried out with "a cost per flight hour that is reduced by up to 80%", and will be very " cost-effective ", that is, they will kill many more Palestinians.

 Manlio Dinucci

(il manifesto, May 18, 2021)

PT -- Manlio Dinucci -- A Arte da Guerra -- Os F-35s bombardeiam Gaza

 

A Arte da Guerra

Os F-35s bombardeiam Gaza

Manlio Dinucci

 



O porta-voz das Forças Israelitas, Zilberman, anunciando o início do bombardeamento de Gaza, especificou que "80 caças, incluindo o F-35 avançado" (The Times of Israel, 11 de Maio de 2021) estão a participar na operação. É oficialmente o baptismo de fogo dos aviões de caça da quinta geração da Lockheed Martin dos EUA, em cuja produção a Itália também participa como parceiro de segundo nível.


  Israel, que já recebeu 27 caças F-35s dos EUA, decidiu em Fevereiro passado comprar não 50 mas 75. Para este fim, o governo decretou uma nova atribuição de 9 biliões de dólares: 7 da "ajuda" militar gratuita de 28 biliões concedida pelos EUA a Israel, 2 biliões concedidos como empréstimo do Citibank dos EUA. Enquanto os pilotos israelitas dos F-35 estão a ser treinados pela Força Aérea dos EUA, no Arizona e em Israel, o Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA está a construir hangares especiais reforçados em Israel para o F-35, adequados tanto para a máxima protecção dos caças em terra como para a sua rápida descolagem quando vão ao ataque. Ao mesmo tempo, as indústrias militares israelitas (Israel Aerospace and Elbit Systems), em estreita coordenação com a Lockheed Martin, estão a reforçar o caça, rebaptizado "Adir" (Poderoso): sobretudo, a sua capacidade de penetrar nas defesas inimigas e o seu raio de acção, que foi quase duplicado. Capacidades certamente não necessárias para atacar Gaza. Porque são então os mais avançados caças de quinta geração utilizados contra os palestinianos? Porque serve para testar os F-35 e os pilotos em guerra real, usando as casas de Gaza como alvos para campo de tiro. Pouco importa se, nos edifícios alvo, estiverem famílias inteiras.


Os F-35A, que se juntam às centenas de caças-bombardeiros já fornecidos pelos EUA a Israel, foram concebidos para ataques nucleares, em particular com a nova bomba B61-12 que os Estados Unidos, para além de, em breve, alojarem em Itália e noutros países europeus, fornecerão também a Israel, a única potência nuclear do Médio Oriente, com um arsenal estimado em 100-400 armas nucleares. Se Israel duplica o raio de acção do F-35 e está prestes a receber dos EUA, 8 aviões-cisterna Boeing Pegasus para reabastecimento em voo dos F-35, é porque se prepara para lançar um ataque, incluindo um ataque nuclear, contra o Irão. As forças nucleares israelitas estão integradas no sistema electrónico da NATO, no quadro do "Programa de Cooperação Individual" com Israel, um país que, embora não seja membro da Aliança, está integrado com uma missão permanente no quartel general da NATO, em Bruxelas. No mesmo âmbito, a Alemanha forneceu a Israel 6 submarinos Dolphin modificados para lançar mísseis nucleares (como documentado pelo Der Spiegel em 2012).


A cooperação militar da Itália com Israel tornou-se uma lei da República (Lei n.º 94 de 17 de Maio de 2005). Estabelece uma ampla cooperação, tanto entre as forças armadas como entre as indústrias militares, incluindo actividades que permanecem secretas porque estão sujeitas ao "Acordo de Segurança" entre as duas partes. Israel forneceu à Itália o satélite Opsat-3000, que transmite imagens de muito alta resolução para operações militares em teatros de guerra distantes. O satélite está ligado a três centros em Itália e, ao mesmo tempo, a um quarto centro em Israel, demonstrando a cooperação estratégica cada vez mais estreita entre os dois países. A Itália forneceu a Israel 30 aviões de caça Leonardo Aermacchi para treino de pilotos. Agora pode fornecer uma nova versão, a M-346 FA (Fighter Attack), que – especifica a Leonardo - é utilizada tanto para treino como para "missões de ataque terrestre com 500 lb. de queda e munições de precisão capazes de aumentar o número de alvos a serem atingidos simultaneamente". A nova versão do combatente - sublinha a empresa Leonardo - é particularmente adequada para "missões em áreas urbanas", onde os combatentes pesados "são frequentemente utilizados em missões de baixo pagamento com custos operacionais elevados". É ideal para os próximos bombardeamentos israelitas em Gaza, que podem ser realizados com "um custo por hora de voo que é reduzido até 80%", e serão muito "muito bem pagos", ou seja, matarão muito mais palestinianos.

Manlio Dinucci

il manifesto, 18 de Maio de 2021