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Monday, April 8, 2019

PT -- Manlio Dinucci -- A Arte da Guerra -- Em Florença, celebração em oposição ao 70° aniversário da NATO




A Arte da Guerra
Em Florença, celebração em oposição 
ao 70° aniversário da NATO
Manlio Dinucci

O 70º aniversário da NATO foi celebrado por 29 Ministros dos Negócios Estrangeiros, que se reuniram, não no quartel general da NATO, em Bruxelas, mas no do Departamento de Estado em Washington. O ‘mestre de cerimónias’ foi o Secretário Geral da NATO, Jens Stoltenberg, que apenas anunciou o discurso de abertura do Secretário de Estado, Michael Pompeo.
A NATO - explica o Departamento de Estado - é importante porque, graças a ela, “os Estados Unidos podem enfrentar melhor, politica e  militarmente, as ameaças globais globais aos seus interesses: a NATO permanece fundamental, para as operações militares USA na região transatlântica (isto é na Europa) e noutras regiões estrategicamente críticas, como o Médio Oriente e a Ásia Meridional”. Portanto, é o próprio Departamento de Estado que nos diz claramente, que a NATO é uma ferramenta dos Estados Unidos.
Nenhuma reacção política, em Itália. A única resposta veio da Conferência que, promovida pelo Comitato No Guerra No NATO e pelo Global Research, um centro de pesquisa liderado por Michel Chossudovsky, reuniu cerca de 600 participantes no Cine-Teatro Odeon, em Florença, no dia 7 de Abril.
As conclusões descritas a seguir, estão expostas na: 


DECLARAÇÃO DE FLORENÇA,

CRIANDO UMA FRENTE INTERNACIONAL DESTINADA À SAÍDA DA NATO

Ø  “O risco de uma guerra gigantesca que, com o uso de armas nucleares poderia marcar o fim da Humanidade, é real e está a aumentar, mesmo que não seja percebido pela opinião pública, mantida na ignorância do perigo iminente.

Ø  É de vital importância, o empenho máximo em sair do sistema de guerra. Este facto levanta a questão da Itália e de outros países europeus pertencerem à NATO.

Ø  “A NATO não é uma aliança. É uma organização sob o comando do Pentágono, cujo objectivo é o controlo militar da Europa Ocidental e Oriental.

Ø  As bases dos Estados Unidos, nos países membros da NATO, servem para ocupar esses países, mantendo uma presença militar permanente que permite a Washington influenciar e controlar as decisões políticas e impedir as verdadeiras escolhas democráticas.

Ø  “A NATO é uma máquina de guerra que age de acordo com os interesses dos Estados Unidos, com a cumplicidade dos principais grupos de poder europeus, cometendo crimes contra a Humanidade.

Ø  “A guerra de agressão conduzida pela NATO, em 1999, contra a Jugoslávia, abriu caminho para a globalização das intervenções militares, com as guerras contra o Afeganistão, Líbia, Síria e outros países, em completa violação do Direito Internacional.

Ø  “Essas guerras são financiadas pelos países membros, cujos orçamentos militares estão constantemente a aumentar  à custa das despesas sociais, a fim de apoiar programas militares colossais, como o programa nuclear no montante de 1.2 triliões de dólares.

Ø  “Os EUA, violando o Tratado de Não Proliferação, instalaram armas nucleares em 5 países não nucleares da NATO, com o pretexto da falsa “ameaça russa”, colocando em risco a segurança da Europa.

Ø  “Para sair do sistema de guerra, que nos prejudica cada vez mais e nos expõe ao perigo iminente de uma guerra aniquiladora, devemos deixar a NATO, afirmando o direito de existir como Estados soberanos e neutros.

Ø  “Desta maneira, é possível contribuir para o desmantelamento da NATO e de qualquer outra aliança militar, para a reconfiguração das estruturas de toda a região europeia, para a formação de um mundo multipolar no qual se concretizam as aspirações dos povos à liberdade e à justiça social.


Ø  Propomos a criação de uma frente internacional NATO EXIT, em todos os países europeus da NATO, construindo uma rede organizadora de base capaz de encorajar, a luta necessária e difícil, para alcançar este objectivo vital para o nosso futuro.


COMITATO NO GUERRA NO NATO/GLOBAL RESEARCH, 

Florença, 7 de Abril de 2019



Petition update, 9 de Abril de 2019

NO WAR NO NATO
Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos



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