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Monday, January 31, 2022

ERIC ZUESSE -- The Washington Post Publishes a Commentary Full of Lies Against Putin.

 

The Washington Post Publishes a Commentary Full of Lies Against Putin.

 

Eric Zuesse, January 29, 2022

 


On January 29th, the Washington Post published an op-ed by the well-known Yale neoconservative Timothy Snyder, titled “Putin’s case for invading Ukraine rests on phony grievances and ancient myths”. Key passages in Snyder’s article are:

 

Last July, Vladimir Putin supplied the mythical basis [BAD LINK FROM SNYDER: here is a functional link to see Putin's article] for Russian war propaganda in an essay titled “On the Historical Unity of Russians and Ukrainians.” The essential idea is that Russia has the right to Ukraine because of things that happened a thousand years ago in Kyiv. … It takes some fanciful thinking to see here a reason for Russia to invade Ukraine in the 21st century, as it seems prepared to do. … Putin’s idea is that Ukraine is a fraternal nation because of how he personally feels about the past. This is known as imperialism. It flies in the face of the basic legal principle of state sovereignty and the basic moral principle of democracy.

 

Putin’s article did NOT assert that “Russia has the right to Ukraine because of things that happened a thousand years ago in Kyiv.” It didn’t even assert that “Russia has the right to invade Ukraine.” Furthermore, the allegation that Putin’s view that’s expressed there advocates “imperialism. It flies in the face of the basic legal principle of state sovereignty and the basic moral principle of democracy” is likewise a boldfaced lie. Moreover, Russia’s Government has consistently denied that it has any intention to invade Ukraine, but instead asserts that if Ukraine invades Donbass, then Russia will not allow that invasion to conquer the residents there. Russia’s position has consistently been that only the people who live in Donbass have the right to determine whether or not — and the terms under which — they will be ruled by the government in Kiev that was installed (against the will of over 90% of them) in February 2014 when the democratically elected President of Ukraine was forcibly overthrown by what America’s Government calls a “democratic revolution,” and by what Russia’s Government and the head of the “private-CIA” U.S. firm Stratfor, and many historians, call a coup, which was imposed by the Nobel-Peace-Prize-winning U.S. President Barack Obama’s Administration, in order to replace Russia’s naval base on Crimea by a new U.S. naval base there (which Obama wasn’t able to do, though his coup conquering Ukraine otherwise succeeded). Several of the mercenaries that the U.S. hired (some from Georgia, for example, as shown in these videos) subsequently confessed to having participated in it. (And, subsequently, the U.S. regime charged Putin with ‘aggression against Ukraine’, and with ‘seizing Crimea’, and issued sanctions against Russia for that.)

 

Sunday, January 16, 2022

EN — LARRY ROMANOFF — God Save the Queen. Or, Maybe not — January 14, 2022

 


God Save the Queen. Or, Maybe not

 

By Larry Romanoff for PRAVDA, January 14, 2022

God Save the Queen. Or, Maybe not


Westerners seem to hold a fondness for monarchies; pleasant remembrances of times past, the pleasures of the "court", colloquial recollections of quaint beheadings and the capriciousness of rulings, and envious mention of the 'King's prerogative' on a wedding night. Altogether a generally uncritical recollection.

We tend to think of the British monarchy today, or possibly the smaller incarnations existing in Monaco, the Netherlands or Belgium, rulers who tend now to be not only civilised but also marginalised. But monarchies were not always thus, and rather too many disappeared in the smoke of revolutions because entire populations revolted against the frequent and unpredictable brutality of the rulers, the callous and cynical lack of concern for the populace, and general bad management.


Monarchies and Dictatorships

 

Monarchies and dictatorships are functionally very similar, differing primarily in the method of succession planning, both being a form of government where one person holds absolute power, the exercise of which was not always predictable. Both Monarchies and dictatorships tended to pass power to the next relative in line. The primary difference between the two is that monarchies often claimed a 'divine right' to rule, having been conveniently selected by God, whereas a dictator, sadly but still unashamedly, passed power onto his son. But the only real difference, certainly in the public imagination, is that dictators just didn't have the class of monarchs. There truly is something special about these hard-to-get divine appointments.

 

But our recollections are little more than us having what we might call a convenient and selective memory. We recall what we choose. For downright brutal inhumanity, monarchies have never had much to be proud of. King Leopold of Belgium killed 10-15 million people without hesitation. A Transylvanian prince, eager to explain something to his subjects in a way they could understand, had his soldiers gather 20,000 subjects and chop one arm and one leg off each one. Monarchies were equally as inhuman as were the worst of dictators, and the British were arguably the worst of the lot.

 

The British Royal Family

 

Wednesday, January 12, 2022

PT -- Manlio Dinucci -- Green pass nuclear: a produção da Bomba para a Itália é iniciada em Maio

 



 Green pass nuclear: a produção da Bomba para a Itália é iniciada em Maio 

 Manlio Dinucci


ENGLISH  FRANÇAIS  ITALIANO  PORTUGUÊS

 

Dentro de quatro meses, em Maio de 2022, inicia-se nos EUA a produção em grande escala da nova bomba nuclear B61-12: anuncia o U.S. Department of Energy’s National Nuclear Security Administration (a Administração Nacional de Segurança Nuclear do Departamento de Energia dos EUA, NNSA, que faz parte do Departamento de Energia dos EUA). Logo após sairem da fábrica, as novas bombas nucleares serão entregues à Força Aérea Americana, que as instalará nas bases em Itália e noutros países europeus, em substituição das B61s.


A B61-12 é uma nova arma nuclear polivalente que substitui três das variantes da actual B61 (3, 4 e 7). Tem uma ogiva nuclear com quatro opções de potência, seleccionáveis em função do alvo a destruir. Não é largada na vertical como a B61, mas a uma distância do alvo a que é dirigida, guiada por um sistema de satélite. Pode penetrar no subsolo, explodindo em profundidade para destruir os bunkers do centro de comando de modo a 'decapitar' o país inimigo num first strike (primeiro ataque) nuclear. Para esse ataque, a Força Aérea Americana dispõe também da quarta variante da B61, a B 61-11 penetrante, modernizada em 2001. A B61-12, confirma a NNSA, pode ser lançada tanto pelo bombardeiro furtivo B-2A como pelo futuro B-21, bem como pelos caças de dupla capacidade convencional e nuclear.


Entre estes caças destacam-se os F-16C/D norteamericanos instalados em Aviano e os PA-200 Tornado italianos, instalados em Ghedi. São ainda mais adequados para o ataque nuclear com bombas B61-12, os caças F-35A, que também já estão operacionais na Força Aérea Italiana. A NNSA comunica que "toda a produção necessária de bombas B61-12" estará concluída no ano fiscal de 2026. O programa prevê a construção de 500 bombas, a um custo de cerca de 10 biliões de dólares (assim, cada uma custará o dobro do que custaria se fosse construída inteiramente em ouro). No entanto, o seu número efectivo permanece secreto, tal como a sua localização geográfica.


É o factor determinante da capacidade ofensiva das bombas nucleares B61-12. Se todas elas fossem instaladas em solo americano, prontas para serem transportadas por bombardeiros estratégicos, não constituiriam uma mudança substancial das disposições estratégicas actuais. Em vez disso, as B61-12 serão colocadas noutros países, especialmente perto da Rússia, prontas para serem transportadas e lançadas por F-35 e por outros caças.


As bases de Aviano e Ghedi foram reestruturadas para acolher os caças F-35A armados com as novas bombas nucleares. Em Ghedi, podem ser posicionados trinta caças italianos F-35A, prontos para atacar sob comando USA com 60 bombas nucleares B61-12. Não está excluída a hipótese de serem também destacadas para outras bases em território italiano. Não se exclui que, além de serem instaladas na Alemanha, Bélgica e Países Baixos, sejam também armazenadas na Polónia, cujas forças aéreas participam há anos em exercícios de guerra nuclear da NATO e noutros países de leste. Os caças da NATO albergados nas repúblicas bálticas, próximas da Rússia, também podem ser armados com as B61-12. Não está excluída a possibilidade de que as novas bombas nucleares possam também ser enviadas para a Ásia e para o Médio Oriente contra a China e contra o Irão.


Apesar de serem classificadas como "armas nucleares não estratégicas", as B61-12, quando proximas dos alvos, têm capacidades ofensivas semelhantes às armas estratégicas (tais como as ogivas nucleares dos mísseis balísticos intercontinentais). São, portanto, armas desestabilizadoras, que provocarão uma reacção em cadeia,  acelerando a corrida ao armamento nuclear.


As cinco potências nucleares, membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas - Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido – afirmam numa declaração conjunta (3 de Janeiro de 2022) que "uma guerra nuclear não pode ser ganha e nunca deve ser travada" e que "continuamos empenhados em prosseguir negociações de boa fé sobre medidas eficazes para acabar com a corrida às armas nucleares e proceder ao desarmamento nuclear". Por esta razão, essa declaração preconiza que os EUA se comprometam a não instalar noutros países, ou melhor ainda a não produzir, as novas bombas nucleares B61-12.

Manlio Dinucci

(il manifesto, 11 de Janeiro de 2022)

FR -- Manlio Dinucci -- « L’ART DE LA GUERRE » -- Green pass nucléaire : en mai, la Bombe sort pour l’Italie

 

« L’ART DE LA GUERRE »

Green pass nucléaire : en mai, la Bombe sort pour l’Italie

par Manlio Dinucci

Les États-Unis commenceront en mai la production à la chaîne de leurs nouvelles bombes atomiques B61-12. Ils prévoient de les disperser dans leurs bases européennes.

RÉSEAU VOLTAIRE | ROME (ITALIE) | 11 JANVIER 2022

ITALIANO



Dans quatre mois, en mai, la production à grande échelle de la nouvelle bombe nucléaire B61-12 commence aux USA : l’annonce est faite par l’Administration pour la sécurité nucléaire nationale, NNSA, faisant partie du Département US de l’Énergie (U.S Department of Energy’s National Nuclear Administration). Au fur et à mesure qu’elles sortiront de fabrique, les nouvelles bombes nucléaires seront remises à l’US Air Force, qui les installera dans ses bases en Italie et dans d’autres pays européens à la place des B61.

La B61-12 est une nouvelle arme nucléaire polyvalente qui remplace trois des variantes de l’actuelle B61 (3, 4 et 7). Elle a une tête nucléaire avec quatre options de puissance, à sélectionner en fonction de l’objectif à détruire. Elle n’est pas larguée à la verticale comme la B61, mais à distance de l’objectif sur lequel elle se dirige guidée par un système satellite. Elle peut pénétrer dans le sous-sol, explosant en profondeur pour détruire les bunkers des centres de commandement afin de « décapiter » le pays ennemi lors d’une première frappe (first strike) nucléaire. Pour cette attaque l’US Air Force dispose aussi de la quatrième variante de la B61, la B61-11 pénétrante, modernisée en 2001. La B61-12, confirme la NNSA, peut être lancée soit par le bombardier furtif B-2A et par le futur B-21, soit par des chasseurs à double capacité conventionnelle et nucléaire. Parmi eux il y a les F-16C/D états-uniens basés à Aviano et les Tornado italiens PA-200 basés à Ghedi. Plus adaptés encore à l’attaque nucléaire sont les F-35A, déjà opérationnels aussi dans l’armée de l’Air italienne.

La NNSA communique que « toute la production nécessaire de B61-12 » sera achevée au cours de l’année fiscale 2026. Le programme prévoit la construction de 500 bombes, avec un coût d’environ 10 milliards de dollars (chacune se trouvant ainsi coûter le double de ce qu’elle coûterait si elle était construite entièrement en or). Leur nombre effectif reste cependant secret, comme reste en grande partie secret leur déploiement géographique. Cela constitue le facteur déterminant de la capacité offensive des bombes nucléaires B61-12. Si elles étaient toutes déployées en territoire états-unien, prêtes à être transportées avec les bombardiers stratégiques, cela ne constituerait pas une modification substantielle des dispositifs stratégiques actuels. Les B61-12 seront par contre déployées dans d’autres pays au bord surtout de la Russie, prêtes à être transportées et lancées par les F-35 et d’autres chasseurs.

Les bases d’Aviano et Ghedi ont été restructurées pour accueillir les chasseurs F-35 armés des nouvelles bombes nucléaires. À Ghedi 30 chasseurs italiens F-35A peuvent être déployés, prêts à l’attaque sous commandement US avec 60 bombes nucléaires B61-12. Il n’est pas exclus qu’elles soient déployées aussi dans d’autres bases sur le territoire italien. Il n’est pas exclus que, en plus d’être déployées en Allemagne, en Belgique et aux Pays-Bas, elles soient aussi déployées en Pologne, dont les forces aériennes participent depuis des années aux manœuvres Otan de guerre nucléaire, et dans d’autres pays de l’Est. Les chasseurs Otan déployés dans les républiques baltes, au bord de la Russie, peuvent être eux aussi armés des B61-12. Il n’est pas exclus que les nouvelles bombes nucléaires puissent être déployées aussi en Asie et Moyen-Orient contre Chine et Iran. Bien qu’elles soient classées comme « armes nucléaires non-stratégiques », les B61-12, rapprochées des objectifs, ont des capacités offensives analogues à celles des armes stratégiques (comme les têtes nucléaires des missiles balistiques intercontinentaux). Elles sont ainsi des armes déstabilisantes, qui provoqueront une réaction en chaîne accélérant la course aux armements nucléaires.

Les 5 puissances nucléaires membres permanents du Conseil de Sécurité des Nations Unies - États-Unis, Russie, Chine, France et Royaume-Uni - affirment, dans une déclaration conjointe (3 janvier), qu’« une guerre nucléaire ne peut être gagnée et ne doit jamais être menée » et : « Nous demeurons déterminés [… à] poursuivre de bonne foi des négociations sur des mesures efficaces relatives à la cessation de la course aux armements nucléaires à une date rapprochée et au désarmement nucléaire ». Que les USA s’engagent alors à ne pas déployer dans d’autres pays, et mieux encore à ne pas produire, les nouvelles bombes nucléaires B61-12.

Manlio Dinucci

Traduction
Marie-Ange Patrizio

Source
Il Manifesto (Italie)

IT -- Manlio Dinucci -- Green pass nucleare: esce a maggio la Bomba per l’Italia

 


 Green pass nucleare: esce a maggio la Bomba per l’Italia 

di Manlio Dinucci

 

Fra quattro mesi, in maggio, inizia negli Usa la produzione su larga scala della nuova bomba nucleare B61-12: lo annuncia la U.S. Department of Energy’s National Nuclear Security Administration (L’Amministrazione per la sicurezza nucleare nazionale, NNSA, facente parte del Dipartimento Usa dell’Energia). Man mano che usciranno di fabbrica, le nuove bombe nucleari saranno consegnate alla US Air Force, che le installerà nelle basi in Italia e altri paesi europei al posto delle B61.

La B61-12 è una nuova arma nucleare polivalente che sostituisce tre delle varianti dell’attuale B61 (3, 4 e 7). Ha una testata nucleare con quattro opzioni di potenza, selezionabili a seconda dell’obiettivo da distruggere. Non viene sganciata in verticale come la B61, ma a distanza dall’obiettivo su cui si dirige guidata da un sistema satellitare. Può penetrare nel sottosuolo, esplodendo in profondità per distruggere i bunker dei centri di comando così da «decapitare» il paese nemico in un first strike nucleare. Per tale attacco la US Air Force dispone anche della quarta variante della B61, la B61-11 penetrante, ammodernata nel 2001. La B61-12, conferma la NNSA, può essere lanciata sia dal bombardiere stealth B-2A e dal futuro B-21, sia da caccia a duplice capacità convenzionale e nucleare.

Tra questi vi sono gli F-16C/D statunitensi schierati ad Aviano e i Tornado italiani PA-200 schierati a Ghedi. Ancora più idonei all’attacco nucleare con le B61-12 sono gli F-35A, già operativi anche nell’Aeronautica italiana. La NNSA comunica che «tutta la produzione necessaria di B61-12» sarà completata nell’anno fiscale 2026. Il programma prevede la costruzione di 500 bombe, con un costo di circa 10 miliardi di dollari (per cui ciascuna viene a costare il doppio di quanto costerebbe se fosse costruita interamente in oro). Il loro numero effettivo resta però segreto, come resta in gran parte segreta la loro dislocazione geografica.

Essa costituisce il fattore determinante della capacità offensiva delle bombe nucleari B61-12. Se fossero dislocate tutte in territorio statunitense, pronte ad essere trasportate con i bombardieri strategici, ciò non costituirebbe una sostanziale modifica degli attuali assetti strategici. Le B61-12 saranno invece dislocate in altri paesi a ridosso soprattutto della Russia, pronte ad essere trasportate e lanciate con gli F-35 e altri caccia.

Le basi di Aviano e Ghedi sono state ristrutturate per accogliere i caccia F-35A armati delle nuove bombe nucleari. A Ghedi possono essere schierati 30 caccia italiani F-35A, pronti all’attacco sotto comando Usa con 60 bombe nucleari B61-12. Non è escluso che esse vengano dislocate anche in altre basi sul territorio italiano. Non è escluso che, oltre ad essere dislocate in Germania, Belgio e Olanda, siano schierate anche in Polonia, le cui forze aeree partecipano da anni alle esercitazioni Nato di guerra nucleare, e in altri paesi dell’Est. I caccia Nato dislocati nelle repubbliche baltiche, a ridosso della Russia, possono essere anch’essi armati delle B61-12. Non escluso che le nuove bombe nucleari possano essere schierate anche in Asia e Medioriente contro Cina e Iran.

Nonostante siano classificate come «armi nucleari non-strategiche», le B61-12, avvicinate agli obiettivi, hanno capacità offensive analoghe a quelle delle armi strategiche (come le testate nucleari dei missili balistici intercontinentali). Sono quindi armi destabilizzanti, che provocheranno una reazione a catena accelerando la corsa agli armamenti nucleari.

Le 5 potenze nucleari membri permanenti del Consiglio di Sicurezza delle Nazioni Unite – Stati Uniti, Russia, Cina, Francia e Regno Unito – affermano, in una dichiarazione congiunta (3 gennaio), che «una guerra nucleare non può essere vinta e non deve mai essere combattuta» e che «rimaniamo impegnati a portare avanti negoziati in buona fede su misure efficaci relative alla cessazione della corsa agli armamenti nucleari e al disarmo nucleare». Si impegnino allora gli Usa a non schierare in altri paesi, ancora meglio a non produrre, le nuove bombe nucleari B61-12.

Manlio Dinucci

(il manifesto, January 11, 2022)

EN -- Manlio Dinucci -- Nuclear green pass: the Bomb for Italy comes out in May




 Nuclear green pass: the Bomb for Italy comes out in May 

Manlio Dinucci

 

     In May, within four months, the new nuclear bomb B61-12 large-scale production will begin in the United States: this announcement was made by the National Nuclear Security Administration of the United States Department of Energy (NNSA is part of the US Department of Energy). As they leave the factory, the new nuclear bombs will be delivered to the US Air Force, which will install them in US bases in Italy and other European countries replacing the B61s.      

      The B61-12 is a new nuclear weapon replacing three of the current B61 variants (3, 4, and 7). It has a nuclear warhead with four selectable power options according to the target to destroy. It does not drop vertically like the B61, but at distance from the target to which it is directed, and guided by a satellite system. It can penetrate underground, exploding deep to destroy command center bunkers to "behead" the enemy nation in a nuclear first strike. For this attack the US Air Force also has the fourth variant of the B61 bomb, the penetrating B61-11 was modernized in 2001. The B61-12, NNSA confirmed, can be launched from both B-2A stealth bomber and future B-21 aircraft, both conventional and nuclear dual-capable fighters. These aircrafts include the US F-16C / Ds deployed in Aviano and the Italian PA-200 Tornadoes deployed in Ghedi. The F-35A fighters, already operational in the Italian Air Force, are even more suitable for a nuclear attack with the B61-12. 

      NNSA announced that "all the needed production of B61-12s" will be completed in the fiscal year 2026. The program foresees the construction of 500 bombs at a cost of about 10 billion dollars (each bomb costing twice as much if it were built entirely of gold). Their actual number, however, remains secret as their geographical location is largely secret. It is the determining factor in the offensive capacity of the B61-12 nuclear bombs. If they were all located in US territory, ready to be transported with strategic bombers, this would not constitute a substantial modification of the current strategic assets. The B61-12 will instead be located in other countries, especially close to Russia, ready to be transported and launched with F-35s and other fighters.

      Aviano and Ghedi bases have been restructured to accommodate the F-35A fighters armed with the new nuclear bombs. Thirty Italian F-35A fighters can be deployed in Ghedi, ready to attack under US command with 60 B61-12 nuclear bombs. It is not excluded that they will also be located in other bases on the Italian territory. In addition to being located in Germany, Belgium, and Holland, they could be also deployed in Poland, whose air forces have been participating for years in NATO nuclear warfare exercises. It is not excluded that they could be located in other Eastern countries. The NATO fighters located in the Baltic republics, close to Russia, can also be armed with the B61-12s. It is not excluded that the new nuclear bombs can also be deployed in Asia and the Middle East against China and Iran. Despite being classified as "non-strategic nuclear weapons", close to target the B61-12 bombs have offensive capabilities similar to those of strategic weapons (such as the nuclear warheads of intercontinental ballistic missiles). They are therefore destabilizing weapons, which will cause a chain reaction and accelerate the nuclear arms race.


     The 5 nuclear powers permanent members of the United Nations Security Council - the United States, Russia, China, France, and the United Kingdom - affirmed in a joint declaration (January 3, 2022), that "a nuclear war cannot be won and must never be fought ”and that “we remain committed to pursue negotiations in good faith on effective measures relating to cessation of to nuclear arms race and nuclear disarmament”.

     The US should therefore commit not to deploy the new B61-12 nuclear bombs in other countries, even better not to produce them at all.

 Manlio Dinucci

(il manifesto, January 11, 2022)


Sunday, January 2, 2022

Cultivando o Amor: Caminhos -- SOLIDARIEDADE


Cultivando o Amor: Caminhos

SOLIDARIEDADE 

Narração: Marisley Pereira Brito

Edição: Dreyko Neves

 

 

“É assim que acontece a bondade”.

 

 “Se te perguntarem quem era essa que às areias e aos gelos quis ensinar a primavera…”: é assim que Cecília Meireles inicia um de seus poemas. Ensinar primavera às areias e aos gelos é coisa difícil. Gelos e areias nada sabem sobre primaveras.., Pois eu desejaria saber ensinar a solidariedade a quem nada sabe sobre ela. O mundo seria melhor. Mas como ensiná-la?

 

 Seria possível ensinar a beleza de uma sonata de Mozart a um surdo? Como, se ele não ouve? E poderei ensinar a beleza das telas de Monet a um cego? De que pedagogia irei me valer para comunicar cores e formas a quem não vê? Há coisas que não podem ser ensinadas. Há coisas que estão além das palavras. Os cientistas, os filósofos e os professores são aqueles que se dedicam a ensinar as coisas que podem ser ensinadas. Coisas que são ensinadas são aquelas que podem ser ditas. Sobre a solidariedade muitas coisas podem ser ditas. Por exemplo: eu acho possível desenvolver uma psicologia da solidariedade. Acho também possível desenvolver uma sociologia da solidariedade. E, filosoficamente, uma ética da solidariedade… Mas os saberes científicos e filosóficos da solidariedade não ensinam a solidariedade, da mesma forma como a crítica da música e da pintura não ensina às pessoas a beleza da música e da pintura. A solidariedade, como a beleza, é inefável – está além das palavras.

 

 Palavras que ensinam são gaiolas para pássaros engaioláveis. Os saberes, todos eles, são pássaros engaiolados. Mas a solidariedade é um pássaro que não pode ser engaiolado. Ela não pode ser dita. A solidariedade pertence a uma classe de pássaros que só existem em voo. Engaiolados, esses pássaros morrem.

 

 A beleza é um desses pássaros. A beleza está além das palavras. Walt Whitman tinha a consciência disso quando disse: “Sermões e lógicas jamais convencem. O peso da noite cala bem mais fundo a alma…”. Ele conhecia os limites das suas próprias palavras. E Fernando Pessoa sabia que aquilo que o poeta quer comunicar não se encontra nas palavras que ele diz; antes, aparece nos espaços vazios que se abrem entre elas, as palavras. Nesse espaço vazio se ouve uma música. Mas essa música – de onde vem se ela se não foi o poeta que a tocou?

 

 Não é possível fazer uma prova sobre a beleza porque ela não é um conhecimento. Tampouco é possível comandar a emoção diante da beleza. Somente atos podem ser comandados. “Ordinário! Marche!”, o sargento ordena. Os recrutas obedecem. Marcham. À ordem segue-se o ato. Mas sentimos que não podem ser comandados. Não ouso ordenar que alguém sinta a beleza que estou sentindo.

 

 O que pode ser ensinado são as coisas que moram no mundo de fora: astronomia, física, química, gramática, anatomia, números, letras, palavras.

 

 Mas há coisas que não estão do lado de fora. Coisas que moram dentro do corpo. Estão enterradas na carne, como se fossem sementes à espera…

 

 Sim, sim! Imagine isso: o corpo como um grande canteiro! Nele se encontram, adormecidas, em estado de latência, as mais variadas sementes – lembre-se da história da Bela Adormecida! Elas poderão acordar, brotar. Mas poderão também não brotar. Tudo depende… As sementes não brotarão se sobre elas houver uma pedra. E também pode acontecer que, depois de brotar, elas sejam arrancadas… De fato, muitas plantas precisam ser arrancadas, antes que cresçam. Nos jardins há pragas: tiriricas, picões…

 

 Uma dessas sementes é a “solidariedade”. A solidariedade não é uma entidade do mundo de fora, ao lado de estrelas, pedras, mercadorias, dinheiro, contratos. Se ela fosse uma entidade do mundo de fora, poderia ser ensinada e produzida. A solidariedade é uma entidade do mundo interior. Solidariedade nem se ensina, nem se ordena, nem se produz. A solidariedade tem de brotar e crescer como uma semente…

 

 Veja o ipê florido! Nasceu de uma semente. Depois de crescer não será necessária nenhuma técnica, nenhum estímulo, nenhum truque para que ele floresça. Angelus Silesius, místico antigo, tem um verso que diz: “A rosa não tem porquês. Ela floresce porque floresce”. O ipê floresce porque floresce. Seu florescer é um simples transbordar natural da sua verdade.

 

 A solidariedade é como um ipê: nasce e floresce. Mas não em decorrência de mandamentos éticos ou religiosos. Não se pode ordenar: “Seja solidário!”. A solidariedade acontece como um simples transbordamento: as fontes transbordam… Da mesma forma como o poema é um transbordamento da alma do poeta e a canção, um transbordamento da alma do compositor…

 

Já disse que solidariedade é um sentimento. É esse o sentimento que nos torna mais humanos. É um sentimento estranho, que perturba nossos próprios sentimentos. A solidariedade me faz sentir sentimentos que não são meus, que são de um outro. Acontece assim: eu vejo uma criança vendendo balas num semáforo. Ela me pede que eu compre um pacotinho de suas balas......

 

Rubem Alves, no livro “As melhores crônicas de Rubem Alves