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Sunday, May 5, 2019

RELATÓRIO TRIMESTRAL (1º trimestre de 2019) DO OBSERVATÓRIO DA GUERRA E MILITARISMO






Iniciamos, com este primeiro relatório periódico trimestral do Observatório da Guerra e Militarismo, compilando aquilo que de mais significativo ocorreu no domínio da guerra, da defesa, da geoestratégia, das alianças militares e outras e, também, dos movimentos que em todo o mundo se erguem em defesa da paz, denunciando as guerras e as suas horríveis sequelas nas populações. Na impossibilidade de sermos exaustivos, selecionámos aspetos que nos parecem merecer maior destaque.
Aguardamos as vossas críticas e sugestões.

1. Situações de crise/guerras regionais

1.1 Venezuela.
A Venezuela tem sido objeto de sanções unilaterais, portanto ilegais, face ao Direito Internacional(1), por parte do governo dos EUA desde há mais de uma dezena de anos. Agora, este governo avançou para uma postura de derrube ativo, (2) apoiando Guaidó, que não tem absolutamente nenhuma legitimidade (3) para se autoproclamar presidente interino. As nações mais dependentes de Washington, na América do Sul e Central, ou na União Europeia, mostraram o seu estatuto de vassalos (4) ao acudirem e somarem-se ao «reconhecimento» de um falso chefe de Estado Venezuelano. Os EUA, entretanto, confiscaram ativos, (5) no valor de duzentos biliões de dólares, à Venezuela. Foram orquestradas, pelos EUA, ajudas humanitárias e feitas sabotagens da rede elétrica (6) na Venezuela, com o objetivo de provocar instabilidade e descontentamento (7) em relação ao regime de Maduro. Os russos ajudaram o governo de Maduro recentemente, enviando cerca de uma centena de militares e muita ajuda humanitária, assim como armamento sofisticado. O grupo de Montevideu (8) (composto pelo México, Uruguai, Caraíbas e Bolívia) tem tentado o diálogo entre o governo Maduro e a oposição, mas a sua iniciativa não teve, por enquanto, tradução visível. Existe no cone sul do continente Americano (9), nomeadamente no Brasil e Argentina, (10) uma viragem pró-EUA e contra os regimes alternativos às políticas neoliberais dos EUA.

Em termos de curto prazo, a situação poderá evoluir, com mais provocações e ataques (11) por parte dos EUA em apoio à oposição golpista na Venezuela. Não está excluída a realização de um ataque de falsa bandeira (manobra para colocar, falsamente, como responsável da ação bélica o adversário que se quer invadir), pois tal já aconteceu no passado recente.

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