Julian Assange Está a Ser Assassinado
Julian Assange Está a Ser Assassinado
O governo britânico criminoso concordou assassinar Julian Assange, a mando de Washington, o seu mentor perverso.
O governo britânico criminoso concordou assassinar Julian Assange, a mando de Washington, o seu mentor perverso.
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Por
Craig Murray
CraigMurray.org.uk
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Junho
1, 2019
Estamos
seriamente preocupados com a condição de saúde de Julian Assange. Ontem, estava
demasiado doente para poder comparecer perante o tribunal e o seu advogado
sueco, Per Samuelson, encontrou-o num estado em que Julian estava
incapaz de estabelecer uma conversa e dar instruções. Há sintomas físicos muito marcados, particularmente uma perda rápida de peso, e tememos que não estejam a ser efectuados esforços, genuínos e suficientes, para
a obtenção de um diagnóstico, a fim de determinar a verdadeira causa.
Durante
o ano passado, Julian foi mantido na Embaixada do Equador em condições
precárias, muito restritas e cada vez mais opressivas e a sua saúde já estava a
deteriorar-se de forma alarmante, antes da sua expulsão e prisão. Uma série de
condições, incluindo abcessos dentários, que pode ter consequências muito
graves se não forem tratados durante muito tempo e a recusa contínua do governo
britânico e, mais tarde, dos equatorianos, de permitir o acesso a cuidados de
saúde adequados a um asilado político, foi uma negação cruel e deliberada de direitos humanos
básicos.
Confesso
que senti um certo alívio pessoal após a sua prisão, porque, pelo menos agora
ele receberia tratamento médico adequado. No entanto, percebe-se agora, não
haver qualquer intenção de fornecê-lo e, de facto, desde que ele esteve em Belmarsh, os
problemas de saúde exacerbaram-se. Testemunhei a cumplicidade do Estado
britânico em casos de tortura para saber que esta atitude pode significar mais
do que somente uma consequência de negligência não intencional. É extremamente
alarmante constatar que, agora, o homem mais lúcido que eu conheço, já não é capaz de manter uma conversa racional.
Não
há nenhuma razão aceitável para que Assange precise ser mantido numa instalação
de alta segurança destinada a terroristas e infractores violentos. Estamos a ver
o motivo por trás da sua longa detenção sem precedentes, para esquivar-se à
fiança da polícia quando pediu asilo político. Como prisioneiro condenado,
Assange pode ser mantido num regime pior do que se estivesse apenas em prisão
preventiva, devido aos procedimentos de extradição. Mesmo que ele estivesse saudável, o acesso aos
seus advogados é extremamente restrito e, para um homem que enfrenta grandes
processos legais no Reino Unido, nos EUA e na Suécia, é impossível que os seus advogados tenham tempo suficiente para preparar, juntamente
com ele, os seus processos adequadamente. Assange está sob as mesmas restrições
que são impostas a um condenado. Claro que sabemos, pelo facto de que, três
horas após ter sido arrastado da Embaixada do Equador, ele ter sido
condenado e sentenciado a uma longa pena de prisão, que o Estado não tem
intenção de que os seus advogados se possam preparar.
Perguntei
antes e faço-o, agora, novamente: Se fosse uma editora dissidente na Rússia, o
que é que a classe política e a comunicação mediática do Reino Unido estariam a
dizer sobre ele ter sido arrastado por polícias armados, condenado e
sentenciado a prisão por um Juiz sem júri, três horas depois, após uma farsa de
um "julgamento" durante o qual o Juiz o insultou e chamou de “narcisista”
antes de Assange dizer qualquer coisa em sua defesa? A comunicação mediática ocidental
estaria em pé de guerra, se esse caso acontecesse na Rússia. Aqui, eles congratulam-se
com esses factos.
A
seguir está uma foto de Julian na Embaixada em tempos mais felizes, durante a
presidência de Correa, com um grupo de pessoas verdadeiramente surpreendente e
forte, cada uma delas com histórias as quais podemos seguir e com elas aprender:
Da esquerda para a direita: Thomas Drake, Coleen Rowley, Julian Assange Elizabeth Murray, Ray McGovern,
Nadira, Ann Wright
Devo
acrescentar que, juntamente com outros dois amigos íntimos, estou pessoalmente, a tentar ver Julian Assange, mas, como é óbvio, o acesso é extremamente difícil.
Os
objectos pessoais de Julian foram apreendidos pelos equatorianos para serem
entregues ao governo dos EUA. Incluem não só os computadores, mas os seus
documentos legais e médicos. Este é mais um exemplo de uma acção estatal
completamente ilegal contra ele. Além do mais, qualquer transferência deve
envolver o material roubado que transita fisicamente em Londres, e o governo
britânico não está a tomar medidas para impedi-lo, o que é mais um dos
múltiplos sinais do grau de coordenação governamental internacional por trás da
frágil pretensão de uma acção judicial independente.
Julian
está preso há, pelo menos, mais de cinco meses, mesmo com liberdade condicional
(que provavelmente vão encontrar uma desculpa para não conceder). Depois, será
mantido em prisão preventiva. Portanto, não há necessidade de pressa. A recusa
do tribunal sueco, de atrasar uma audiência sobre um possível mandado de
extradição, para permitir que Julian se recupere para poder instruir o advogado
e o breve adiamento da audiência de extradição dos EUA em Londres, com a
intimação que pode ser mantido dentro da prisão de Belmarsh, se Julian estiver demasiado
doente para se deslocar, são exemplos de uma pressa totalmente desacostumada e
desnecessária, na maneira como o caso está a prosseguir. Os moinhos de Deus
moem devagar; os do Diabo parecem girar a alta velocidade.
Finalmente,
para os que ainda acreditam que as acções judiciais contra Julian, não só na Suécia, são de alguma forma motivadas por uma
preocupação em que a justiça seja feita, particularmente os casos de justiça referente
a mulheres violadas, peço-lhes que leiam este excelente relato de Jonathan
Cook. Quanto ao resumo da série verdadeiramente impressionante de abusos legais
por parte dos Estados contra Assange, que a comunicação mediática empresarial e
estatal distorceu e escondeu deliberadamente durante uma década, o mesmo não pode
ser melhorado.
Reprinted with the author’s permission.
Copyright © 2019 Craig Murray
Publicado
de novo, com permissão do autor.
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