1 17 de Setembro de 2019
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Os países que estão preparados para instalar qualquer tipo de armas sugerido
pelos EUA tornar-se-ão verdadeiros alvos para a Rússia.
Enviado
por Adomas Abromaitis…
Nos
últimos dias, o problema do risco de escalada nuclear num conflito não nuclear
e de guerra por engano, está intensamente presente.
É
mais que óbvio, que a estabilidade estratégica está em profunda crise. De
acordo com o relatório (http://svop.ru/wp-content/uploads/2019/09/REPORT_Eng_1.pdf
), que se baseia nos resultados de uma análise das circunstâncias
problemáticas, dirigida por Sergei A. Karaganov e ocorrida no Ministério dos
Negócios Estrangeiros russo, “seria um erro pensar que o novo cenário
estratégico militar é estável”.
Do
ponto de vista do autor, a principal ameaça provém do risco de conflito militar
entre potências nucleares, incluindo um conflito nuclear ou não nuclear não
intencional, que pode, posteriormente, transformar-se numa guerra nuclear global,
com a probabilidade da escalada ser agora maior do que antes.
De
acordo com o relatório, é claro que a Rússia está convencida de que os EUA
estão a destruir, constantemente, a sua arquitectura tradicional - o sistema de
acordos de controlo de armas nucleares - considerando, novamente, opções para
usar armas nucleares num conflito convencional para vencer a guerra, bem como recusar-se a iniciar negociações positivas, para fortalecer a estabilidade estratégica.
O
autor tem a certeza de que esta circunstância cria um vazio no campo das armas
nucleares e reduz o limite inicial para o seu uso, numa ocasião em que o risco
de um choque armado entre potências nucleares na situação política e
tecnológica actual, permanece bastante elevado.
No
que diz respeito à Europa, o relatório afirma que os riscos mais sérios de choque
militar inadvertido resultam dos esforços contínuos dos EUA para construir a sua
infraestrutura militar, incluindo defesas de mísseis e drones, na Europa
Oriental, bem como os seus planos para aumentar o arsenal de armas nucleares de
pequeno conteúdo explosivo (low-yield nuclear weapons) e colocá-las em sistemas
estratégicos de transporte, a fim de neutralizar a ameaça militar russa.
Numerosas
propostas dos EUA para fortalecer a sua presença militar e a instalação de
armas nos territórios da Polónia e dos Estados Bálticos indicam, claramente,
que os EUA admitem a possibilidade de um conflito militar regional com a Rússia, na Europa e estão a tomar medidas para
impedir a Rússia de vencer, usando armas nucleares tácticas ou mísseis de médio
alcance armados convencionalmente.
O
autor considera que esta tendência é bastante perigosa: para a Rússia, o uso de
armas nucleares tácticas ou mísseis de médio alcance armados contra ela,
significaria um ataque estratégico e, inevitavelmente, desencadearia um segundo
ataque nuclear contra os EUA ou contra os países que instalaram no seu território,
essas armas nucleares americanas.
Assim,
os países que estão preparados para usar qualquer tipo de arma sugerido pelos
EUA, tornar-se-ão alvos reais para a Rússia.
A
guerra nuclear na Europa já não é mais uma intimidação fantasmagórica, mas uma
ameaça muito concreta.
Tradutora: Maria Luísa de
Vasconcellos
Email:
luisavasconcellos2012@gmail.com
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