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Friday, July 5, 2019

PT -- Manlio Dinucci, porta-voz do ‘Comitato NO GUERRA NO NATO’, laureado pelo Club de Periodistas de México, A.C. com o Prémio Internacional de Análise Geoestratégica



Manlio Dinucci, 
porta-voz do ‘Comitato NO GUERRA NO NATO’,
laureado pelo Club de Periodistas de México, A.C. 
com o Prémio Internacional de Análise Geoestratégica

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 Entre os vencedores do concurso de jornalismo nacional e internacional, promovido pelo Club de Periodistas de México, A.C.  figura este ano também o colaborador de ‘il manifesto’, Manlio Dinucci, porta-voz do 'COMITATO NO GUERRA NO NATO'.

 O Clube, nascido nos anos 50, possui uma longa história de lutas pela liberdade de expressão, por um jornalismo independente e verdadeiro, desafiando os poderes vigentes, os que são visíveis e os ocultos, arriscando a vida. Desde o ano 2000 até hoje, cerca de 130 jornalistas foram assassinados no México, dos quais 6 no primeira metade de 2019. O Clube publica uma revista quinzenal, Voces del Periodista, e transmite diariamente uma transmissão radiofónica numa emissora nacional, além de uma rubrica televisiva.
Os vencedores do Concurso - escolhidos por um júri independente - foram apresentados na cerimónia da entrega do Prémio, na Cidade do México, por Celeste Sáenz de Miera, Secretária Geral do Club. O prémio mais significativo foi atribuído a Julian Assange, cujo nome se tornou o “símbolo mundial do novo jornalismo de investigação e denúncia, da luta contra a manipulação de dados e da ocultação dos interesses reais que se escondem por trás das apresentações mediáticas". O Prémio para Assange foi recebido por Pedro Miguel, Director do Wikileaks no México.

Para Manlio Dinucci - cuja coluna "A Arte da Guerra", publicada pelo Manifesto, é publicada frequentemente em espanhol na revista do Club de Periodistas de México., A. C.  - foi atribuído o Prémio Internacional de Análise Geoestratégica, com a explicação de que “coloca a seu conhecimento de pesquisador e suas capacidades analíticas ao serviço do pacifismo mundial, num momento de graves ameaças à integridade de muitas nações, como uma das vozes que defendem a razão e a justiça”.

Na apresentação, a Secretária Geral do Clube, Celeste Sáenz de Miera destacou a importância da Declaração de Florença publicada no final da Conferência Internacional, em 7 de Junho deste ano, pelo CNGNN e pelo Global Research, o centro de pesquisa canadiano sobre globalização dirigido pelo Prof. Michel Chossudovsky.

Breve nota sobre o Autor laureado:

Geógrafo e geopolitólogo. Livros mais recentes: Laboratorio di geografia, Zanichelli 2014 ; Diario di viaggio, Zanichelli 2017 ; L’arte della guerra / Annali della strategia Usa/Nato 1990-2016, Zambon 2016, Guerra Nucleare. Il Giorno Prima 2017; Diario di guerra Asterios Editores 2018, Prémio Internacional de Análise Geoestratégica atribuído em 7 de Junho de 2019 pelo Club de Periodistas de México, A.C. 


Discurso completo de agradecimento ao Club de Periodistas do México, A.C.


Caros Colegas e Amigos,

É uma grande honra para mim receber o Prémio Internacional de Jornalismo do prestigioso Clube de Periodistas de México., A.C.

Mesmo que operemos em diferentes contextos, penso que estamos diante da mesma questão fundamental: Qual é o papel dos jornalistas hoje em dia? A resposta é mais complexa do que parece.

Um desenvolvimento tecnológico sem precedentes foi criado no espaço de uma geração, um sistema de informação e comunicação expandido à escala global: as mesmas notícias e imagens chegam, simultaneamente, em cada país e entram em cada lar ligado à rede de televisão e Internet. .

No entanto, a velocidade com que estas transformações aconteceram e ocorrem, corre o risco de perder de vista as características do fenómeno: a informação global e a comunicação têm as suas "fronteiras".

A lacuna nas tecnologias de informação e comunicação (a chamada ‘digital divide’) é muito forte.

Os centros de condução do sistema global de informação e comunicação concentram-se em grande parte nos países definidos (de acordo com as categorias convencionais) como "mais desenvolvidos". São as empresas-mãe de grupos multimédia colossais que podem influenciar as opiniões e os gostos das pessoas à escala global.

O elemento decisivo não é a tecnologia, mas o uso que dela se faz.

Por exemplo, a capacidade da televisão para levar as imagens de um acontecimento a cada país, enquanto, por um lado, pode ser usada para ampliar o horizonte cognitivo dos espectadores, por outro lado, pode ser usada para reduzir a crença de que só existe o que se vê e não existe o que se não vê.

A capacidade da Internet de ligar pessoas de todo o mundo pode, por um lado, servir ao desenvolvimento do multiculturalismo, mas, por outro lado, pode servir a hegemonia de uma língua e de uma cultura em particular sobre as outras. O mesmo se aplica às redes sociais, que se estendem a nível mundial.

Em geral, o sistema global de informação e comunicação pode servir, por um lado, para o conhecimento recíproco, ajudando a criar relações de paz, por outro lado, pode ser usado para preparar a opinião pública para a guerra, por exemplo, através de campanhas da comunicação mediática internacional para demonizar certos países e governos.

O papel dos jornalistas é fundamental neste contexto. Eles não devem ser reduzidos a simples distribuidores de informações pré-embaladas nos centros de poder mediático. Devem ser investigadores incansáveis ​​da verdade, devem ter a coragem de dizer o que os outros calam. Tarefa muitas vezes difícil e arriscada, hoje mais importante do que nunca para as grandes escolhas das quais depende o futuro da Humanidade.

Esta é a tarefa que realizam, queridos amigos do Clube de Periodistas de México. Portanto, aprecio especialmente o prémio que me outorgaram, um símbolo de um compromisso comum na mesma frente de luta.


Nota mais completa sobre Manlio Dinucci:


Manlio Dinucci, jornalista e ensaísta, viveu e trabalhou em Pequim na década de 1960,  contribuindo para a publicação da primeira revista chinesa em língua italiana e à difusão das Cartas da China da jornalista americana Anna Louise Strong.

Baseado nessa experiência publicou, com a Mazzotta Editore, La lotta di Classe in Cina/1949-1974 (1975) e Economia e organização do trabalho na China (1976).

Na década de 1980, dirigiu a revista Lotta per la pace (nascida do «Apelo contra a instalação de mísseis nucleares em Itália», lançado em 1979 por Ludovico Geymonat e outros) e foi Director Executivo em representação da Itália do International Physicians for the Prevention of Nuclear War, associação vencedora do Prémio Nobel da Paz em 1985.

Co-autor, com Tonino Bello e outros, de Fianco Sud/Puglia, Mezzogiorno, Terzo Mondo: rapporto sui processi di militarizzazione (Piero Nanni, 1989).

Co-autor, com o Prémio Nobel de Medicina, Daniel Bovet, de Tempestade do deserto/As armas do Norte, o drama do Sul, com a apresentação de Ernesto Balducci (Edizione Cultura della Pace, 1991). Com a mesma casa editora publicou Hyperwar /Dalla“iperguerra” del Golfo alla Conferenza sul Medio Oriente (1991) e La strategia dell’impero/ Dalle direttive del Pentagono al Nuovo Modello di Difesa (1992), escrito con U. Allegretti e D. Gallo e apresentado por R. La Valle.

Autor de Il potere nucleare (Fazi Editorer, 2003).

Co-autor, com A. Burgio e V. Giacché, de Escalation/Anatomia della guerra infinita (Derive Approdi, 2005).

Autor de L’Arte Della Guerra (Zambon Editore, 2015). Colaborador do il manifesto, com a rubrica semanal L’Arte della Guerra. Colaborador de Pandora TV, dirigida por Giulietto Chiesa. Também é autor de textos escolares de geografia humana.

 Elaborou a Documentação apresentada na Conferência Internacional sobre o 70º Aniversário da NATO, Firenze, 7 de Abril de 2019 e, juntamente com o Prof. Chossudovsky redigiram e assinaram a Declaração de Florença.



Manlio Dinucci — Premio Internazionale di Analisi Geostrategica- 
Subtitles (IT, FR, PT, RO, SP)


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