Manifestantes em Tel Aviv mantendo a
distância social, 19 de Abril de 2020©
AFP / Jack Guez
A Arte da Guerra
O
Distanciamento Social da Democracia
Manlio Dinucci
“O distanciamento social chegou para ficar
muito mais do que algumas semanas. Num certo sentido, irá perturbar o nosso
modo de vida para sempre”: anunciaram os pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, uma das universidades
de maior prestígio dos Estados Unidos (MIT Technology Review, We’re not goingback to normal, 17 March 2020).
Citam o relatório
apresentado pelos pesquisadores do Imperial College London, segundo o qual o
distanciamento social deve tornar-se uma norma constante e ser reduzido ou
intensificado, de acordo com o número de pacientes hospitalizados pelo vírus,
nas unidades de terapia intensiva. O modelo elaborado por estes e por outros pesquisadores
não diz respeito só às medidas a ser tomadas contra o coronavírus. Torna-se num modelo social, real e preciso, do qual já se preparam os procedimentos e
os instrumentos que os governos deverão impor como lei.
Os
dois gigantes da Informática, Apple e Google, até agora rivais, associaram-se
para inserir biliões de sistemas móveis para iPhone e Android, em todo o mundo,
num programa de “seguimento de contactos”
que avisa os clientes se alguém infectado com o vírus se está a
aproximar deles. As duas empresas garantem que o programa “respeitará a transparência e a privacidade
dos utentes”.
Um sistema de rastreio
ainda mais eficaz é o dos “certificados
digitais”, nos quais estão a trabalhar duas universidades americanas, a
Rice University e o MIT, apoiadas
pela Bill & Melinda Gates Foundation,
a fundação americana criada por Bill
Gates, fundador da Microsoft, a segunda pessoa mais rica do mundo na
classificação da revista Forbes. Ele anunciou-o publicamente,
respondendo a um empresário que lhe perguntou como retomar as actividades de
produção, mantendo o distanciamento social:
“No final, teremos certificados digitais para
mostrar quem se recuperou ou foi testado recentemente, ou quando tivermos uma
vacina, se esse indivíduo a tomou. (The Blog of Bill Gates, 31
questions and answers about COVID-19, 19 March 2020).
O
certificado digital de que Gates fala, não é o actual cartão de saúde electrónico.
A Rice University anunciou, em Dezembro de 2019, a invenção de pontos quânticos
à base de cobre que, injectados no corpo juntamente com a vacina, “se tornam em
algo semelhante a uma tatuagem de código de barras, que pode ser lida através
de um smartphone personalizado”.(Rice University, Quantum-dot tattoos holdvaccination record, 18 Dicember 2019). A
mesma tecnologia foi desenvolvida pelo Instituto de Tecnologia Massachusetts (Scientific American, Invisible Ink CouldReveal whether Kids Have Been Vaccinated, 19 Dicember 2019).
A
invenção desta tecnologia foi encomendada e financiada pela Fundação Gates, que
declara querer usá-la nas vacinas para crianças, principalmente nos países em desenvolvimento. Também poderia ser usada
numa vacinação à escala global contra o coronavírus.
Este é o futuro “modo de vida”
que nos é anunciado: o distanciamento social com estrutura variável sempre em
vigor, o medo constante de ser abordado por um infectado pelo vírus sinalizado
por um toque do nosso telemóvel, o controlo permanente pelo “código de barras” implantado
no nosso corpo. Seria, essencialmente, uma extensão dos sistemas militares com
os quais se podem seguir e acertar nos “alvos” humanos.
Sem
subestimar o perigo do coronavírus - seja qual for a sua origem - e a
necessidade de medidas para impedir a sua propagação, não podemos deixar nas
mãos dos cientistas do MIT e da Fundação Gates a decisão de qual deve ser o
nosso modo de vida. Também não podemos parar de pensar e fazer perguntas. Por
exemplo:
É
muito grave que o número de mortes devido ao coronavírus, na Europa, seja actualmente,
quase 97.000, mas que medidas devem ser tomadas em proporção, contra as partículas
finas, as PM2,5, que – segundo os dados oficiais da European
Environment Agency (Airquality in Europe – 2019 report) – provocam, a cada ano, na Europa, a morte prematura de mais de 400.000
pessoas?
Manlio Dinucci
il manifesto, 20 de Abril de 2020
(1) - Comentário recebido:
(1) - Comentário recebido:
Estes
chips, pontos ou códigos de barras podem ser usados para
qualquer fim. Além
de rastrear a localização
e identificar todas as pessoas, são
promovidos como uma forma de fazer compras, deduzindo automaticamente das nossas
contas bancárias. Mas se puderem
fazê-lo, também poderão impedir-nos de comprar, bloqueando as nossas contas e
compras bancárias. Estas funções não podem ser controladas pelo chip, mas pela
programação que executa o sistema.
Além
de que, todos os automóveis novos, pelo menos os americanos, possuem agora
chips que podem ser controlados remotamente. Dizem que é feito por razões de segurança,
mas, de facto, não existe protecção. Significa que as autoridades podem desactivar
o automóvel de qualquer pessoa em qualquer momento, ou travar, e ninguém poderá
saber o que aconteceu. Isto é a realidade. Já está a ser feito. E se as pessoas
quiserem reunir-se em qualquer lugar para realizar uma manifestação pública, as autoridades
poderão, simplesmente, desactivar todos os automóveis, telemóveis e desligar os
chips, e as pessoas ficarão isoladas e desamparadas.
Há muito perigo nestes chips e ninguém está ciente do mesmo. Estamos a caminhar para tempos problemáticos.
Há muito perigo nestes chips e ninguém está ciente do mesmo. Estamos a caminhar para tempos problemáticos.
COMMUNIQUÉ ON THE CONFERENCE OF 25 APRIL
http://www.natoexit.it/en/home-en/ -- ENGLISH
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DECLARAÇÃO DE FLORENÇA
Para uma frente internacional NATO EXIT,
em todos os países europeus da NATO
Para uma frente internacional NATO EXIT,
em todos os países europeus da NATO
Manlio Dinucci
Geógrafo e geopolitólogo. Livros mais recentes: Laboratorio di geografia, Zanichelli 2014 ; Diario di viaggio, Zanichelli 2017 ; L’arte della guerra / Annali della strategia Usa/Nato 1990-2016, Zambon 2016, Guerra Nucleare. Il Giorno Prima 2017; Diario di guerra Asterios Editores 2018; Premio internazionale per l'analisi geostrategica assegnato il 7 giugno 2019 dal Club dei giornalisti del Messico, A.C.
Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com
Webpage: NO WAR NO NATO
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