GIULIETTO CHIESA

WWIII

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What part will your country play in World War III?

By Larry Romanoff, May 27, 2021

 

The true origins of the two World Wars have been deleted from all our history books and replaced with mythology. Neither War was started (or desired) by Germany, but both at the instigation of a group of European Zionist Jews with the stated intent of the total destruction of Germany. The documentation is overwhelming and the evidence undeniable. (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11)

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BRUTALITY

BRUTALITY IN ACTION

AND NO ONE REACTS AGAINST AND OPPOSES IT!!!....

BRUTALIDADE EM ACÇÃO

E NINGUÉM REAJE CONTRA ELA E SE OPÕE!!!...

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FREE JULIAN ASSANGE

Friday, September 13, 2019

PT -- CAPÍTULO DEZ -- FULL SPECTRUM DISCLOSURE -- COMPLETO

Resultado de imagem para pictures of the book Full Spectrum Dominance


ou
DOMÍNIO DO ESPECTRO TOTAL  

CAPÍTULO DEZ 
‘A Revolução nos Assuntos Militares’ de Yoda
‘Desde a década de 1980, Marshall promoveu uma ideia apresentada em 1982 pelo Marechal Nikolai Ogarkov, então chefe do Estado Maior Soviético, chamado RMA, ou 'Revolução nos Assuntos Militares’.
                                                                                                   - citação de um colega do Pentágono de Andrew Marshall (1)
Terminar secretamente a era do MAD
A ‘Revolução nos Assuntos Militares/'Revolution in Military Affairs’, estabelecida no Afeganistão e no Iraque depois de 2001, foi uma consequência das sementes plantadas décadas antes, durante a tumultuosa era de Nixon. Quando as poderosas elites financeiras dos EUA e seu pequeno círculo de planeadores estratégicos começaram a avaliar o desastre da Guerra do Vietname, concentraram-se no desenvolvimento de métodos alternativos para garantir o futuro do Século Americano.
No início da década de 1970, a política dos Estados Unidos em relação à possibilidade de usar a capacidade de ‘First Strike’ nuclear contra a União Soviética, havia mudado consideravelmente. Nixon, apoiado pelo antigo Conselheiro da Segurança Nacional, Henry Kissinger, um protegido da família Rockefeller, iniciou a transição do equilíbrio de terror da Guerra Fria, Destruição Mútua Garantida ou MAD. Nixon estava determinado a obter a supremacia nuclear global.
A Crise dos Mísseis Cubanos, de Outubro de 1962, durante o governo Kennedy, levou o mundo à distância de um cabelo, da aniquilação nuclear. Segundo todos os relatos idóneos, foi um dos períodos mais perigosos da História Mundial. Os russos estavam a instalar ogivas nucleares em Cuba por via marítima; o capitão de navio russo tinha ordens de usar o seu discernimento para lançar a carga nuclear que transportava, no caso de interdição pelas Forças Armadas Americanas. No momento da interdição, ele decidiu não lançar. Durante vários anos após este grave confronto nuclear, o mundo pareceu afastar-se do que o Secretário de Estado, John Foster Dulles, designou como Brinksmanship nuclear. 
No entanto, dentro dos mais poderosos círculos políticos e militares dos EUA, a marcha dos EUA para a Supremacia Nuclear - uma capacidade nuclear inexpugnável contra a URSS - havia começado bem antes de George W. Bush se tornar Presidente.

Em 11 de Junho de 1962, o Secretário da Defesa, Robert S. McNamara, declarou que os “. . . os principais objectivos militares, em caso de guerra nuclear ... devem ser a destruição das forças militares do inimigo. ”(2) Como um antigo colaborador de McNamara explicou sem rodeios,“não poderia haver retaliação primária contra alvos militares após um ataque inimigo. Se vai atirar contra mísseis, está a falar de ‘First Strike’. (3)
‘Counterforce’, como foi apelidado pelo Pentágono, significava a destruição de todos os mísseis nucleares do adversário mesmo antes de serem lançados. A Defesa de Mísseis Balísticos/Ballistic Missile Defense(BMD) desenvolveu-se a partir deste período de planeamento do Pentágono. BMD seria o sistema que poderia ‘limpar’ os poucos mísseis soviéticos que ainda não teriam sido atingidos. A BMD era vista como essencial para tornar credíveis e viáveis os planos dos EUA para o First Strike. A capacidade de First Strike era essencial para garantir o papel dos Estados Unidos como o único detentor da supremacia, a única super potência global com poder e autoridade absoluta sobre outras nações.(4)
De 1962 a 1974, a maior parte do mundo permanecia na ilusão equivocada de que os EUA ainda estavam a funcionar sob as regras de Destruição Mútua Assegurada e tanto a URSS como os Estados Unidos tinham decidido, após a Crise dos Mísseis Cubanos, que a guerra nuclear era 'impensável', porque destruiria os dois países e era, portanto, impossível um deles vencer o outro. No entanto, durante a década de 1970, estas percepção mudou. Para Richard Nixon e seu Conselheiro da Segurança Nacional, Henry Kissinger, assim como muitos dirigentes do complexo industrial militar dos EUA, a guerra nuclear não era apenas 'pensável', era possível. Estavam determinados a assegurar a Supremacia Nuclear dos EUA.
Em Janeiro de 1974, o Presidente Nixon, entre os escândalos do Watergate que acabariam por destruir a sua Presidência, assinou o Memorando de Decisão da Segurança Nacional 242 (NSDM-242), elaborado pelo Secretário de Defesa, antigo associado da RAND e antigo Director da CIA, James R. Schlesinger.(5) Os EUA estavam a dar tudo por tudo.(6)
Foi Kissinger quem recomendou a Nixon a nomeação de James Schlesinger como Secretário de Defesa. Schlesinger, que, nessa época era um Director da CIA, efémero e controverso, tinha sido analista de armas na RAND Corporation, onde era considerado ‘o mais guerreiro dos guerreiro’ (7), um super falcão entre os falcões. Foi Schlesinger, com o apoio de Kissinger, quem empreendeu o desenvolvimento de programas de armas especificamente com o objectivo de remover os ICBMs soviéticos com sistemas First Strike que não deixariam nenhuma capacidade de retaliação.(8)
No entanto, os problemas tecnológicos para o ‘First Strike’, eram enormes, assim como os custos. Até à década de 1970, o estado da tecnologia nuclear tinha impedido um primeiro ataque sem a aniquilação mútua garantida que tinha sido a base do ‘equilíbrio’ da MAD.(9) Durante a década de 1970, sob a direcção de Schlesinger, foram desenvolvidas novas tecnologias de armas que mudaram essa condicionante. A primeira tecnologia foi a miniaturização de ogivas nucleares que permitiram empacotar dezassete ogivas num cone do nariz do míssil. A segunda, possibilitada pelos avanços da física atómica e dos dispositivos de navegação computadorizados, foi o sistema de satélite NAVSTAR (navegação GPS) no Espaço profundo, que permitiu um enorme aumento na precisão da ogiva (a menos de 15 metros do seu alvo).(10)
Esses dois descobrimentos tecnológicos permitiram, pela primeira vez, dar a possibilidade aos EUA de aplicar um golpe de força  contra os mísseis soviéticos, dispersos largamente em silos reforçados, submarinos e aviões.
O elemento final e essencial para tornar todo o programa viável e operacional continuava a ser o mais difícil: um sistema de Defesa de Mísseis Balísticos (BMD) para remover quaisquer mísseis soviéticos que, de alguma forma, sobreviveriam e poderiam ser lançados contra os alvos nos EUA. (10)
O Plano Marshall de Rumsfeld : A ‘Tecnologia de Ponta’  
Durante a era Nixon, o Pentágono contratou um especialista em ‘think tank’ da RAND que se tornaria o homem mais poderoso da política militar dos EUA na História do país, apesar de permanecer desconhecido para o mundo exterior, quase nunca dava entrevistas e desafiava os seus rivais a fazer tentativas para expulsá-lo. Esse homem foi o Dr. Andrew W. Marshall, Director do Gabinete de Avaliação da Rede/ Office of Net Assessment, do Departamento da Defesa dos EUA, que criou algo designado como ‘Revolução nos Assuntos Militares’.
A melhor definição de Revolução nos Assuntos Militares, ou RMA, como foi apelidada de imediato, nos círculos do Pentágono e de Washington, foi a fornecida pelo próprio Marshall:
Uma Revolução nos Assuntos Militares (RMA) é uma grande mudança na natureza da guerra provocada pela aplicação inovadora de novas tecnologias que, combinadas com mudanças drásticas na doutrina militar e nos conceitos operacionais e organizacionais, altera fundamentalmente o carácter e a condução das operações militares. (11)
Marshall era um homem notável em muitos aspectos. Em 2008, com a idade madura de 86 anos, ele mantinha o seu estatuto único de funcionário público do governo dos EUA, isento das condições usuais de aposentadoria federal. Andrew Marshall era conhecido nos círculos de defesa como 'Yoda', uma referência ao personagem fictício dos filmes de Guerra das Estrelas, o misterioso e extravagante bicho-papão que era o Grão Mestre da Ordem Jedi.
Sendo um especialista nuclear da RAND Corporation, Marshall foi trazido por Henry Kissinger ao Conselho de Segurança Nacional que Kissinger chefiava. Marshall foi então nomeado pelo Presidente Nixon, em 1973, por recomendação de Kissinger e do Secretário de Defesa, James R. Schlesinger, para dirigir o Office of Net Assessment, um ‘think tank’ interno secreto do Pentágono.(12)
Marshall foi reconduzido por todos os presidentes a partir de então, um feito superado apenas pelo falecido Director do FBI, J. Edgar Hoover. Andrew Marshall foi o único oficial no Pentágono de Rumsfeld, que participou no planeamento estratégico da guerra durante, praticamente, toda a Guerra Fria, começando em 1949 como estratega nuclear da RAND Corporation, mudando-se depois, para o Pentágono, em 1973.
Permaneceu lá, desde então, apesar dos esforços de alguns Secretários da Defesa para se livrarem dele. O seu cargo público, de aparência inofensiva, surge, resumido num sentido muito lato: avaliar os equilíbrios militares regionais e globais e determinar tendências e ameaças a longo prazo.(13)
O ‘Elo que falta’
O desenvolvimento dos sistemas Nucleares de ‘First Strike’ não morreu com o fim da Presidência de Nixon. Entre Agosto de 1977 e Julho de 1980, o Presidente Jimmy Carter emitiu uma série de directrizes presidenciais - PD 18 a PD 59 - pedindo: 
   1) o desenvolvimento de armas anti-satélite (ASAT) para destruir o sistema de alerta soviético; 
    2) decapitação da liderança soviética através de mísseis Pershing II de alta precisão;
  3) instalação do Counterfource ‘First Strike’ nuclear, que destruiria quase todas as armas nucleares soviéticas. No final da sua Presidência, Carter “havia autorizado o maior compromisso com a guerra de qualquer Presidente da História”. (14)
Em 1972, o Tratado de Mísseis Anti-Balísticos (Tratado ABM) entre Moscovo e Washington impôs limites rigorosos ao desenvolvimento ou instalação da Defesa de Mísseis Balísticos, embora não impedisse pesquisas intensas sobre esses sistemas. Foi o que o Presidente Ronald Reagan proclamou ao mundo, em Março de 1983, quando propôs a Iniciativa de Defesa Estratégica (SDI), que a imprensa rapidamente denominou como 'Guerra das Estrelas'.
De acordo com o Tenente Coronel Robert Bowman, antigo chefe da pesquisa secreta sobre SDI do Presidente Carter, a defesa anti-míssil permaneceu em 2009, ‘o elo que faltava para a capacidade de um First Strike’ . (15)
O ‘establishment’ militar e político dos Estados Unidos não abandonou o objectivo do First Strike nuclear por um minuto, apesar do fim da Guerra Fria em 1990, com a dissolução da União Soviética e a independência dos antigos países do Pacto de Varsóvia. As elites do poder de Washington estavam mais determinadas do que nunca a assegurar o grande prémio: o domínio global através da Supremacia Nuclear.(16)
Andrew Marshall, 87 anos, chefe do planeamento de futura guerra  do Pentágono, conhecido como "Yoda" do Departamento de Defesa - está por trás da estratégia da guerra no Iraque, da Revolução nos Assuntos Militares e dos planos de defesa antimísseis do Pentágono.
O Times observou que Andrew Marshall estava por trás de algumas das principais decisões estratégicas dos anos Reagan:
A sua estratégia de uma guerra nuclear prolongada - baseada na modernização de armas, na protecção dos líderes governamentais contra um ‘First Strike’ e uma versão inicial de Guerra das Estrelas - efectivamente reduziu à pobreza, a máquina de guerra soviética. Defendeu o fornecimento de mísseis Stinger altamente eficientes, aos combatentes da resistência afegã.
Os apoiantes apelidam o Sr. Marshall de vândalo e deliberadamente ambíguo. Os seus difamadores preferem paranóico ou pior. Ninguém nunca o chamou de palrador. Num seminário de guerra futura que ele patrocinou, o Sr. Marshall murmurou algumas palavras introdutórias e depois ficou em silêncio, sobrancelhas arqueadas, braços cruzados, durante os dois dias restantes. A sua única intervenção surgiu no final. Ele sugeriu que, quando se tratasse do futuro, seria melhor errar por não ter imaginação. Depois essa experiência, compreendi melhor por que motivo ele era alcunhado de Yoda do Pentágono.(17)
Andrew Marshall fazia parte de um grupo formado quase 50 anos antes, na RAND Corporation da Força Aérea, um ‘think tank’ em Santa Monica, Califórnia. Formado em Economia pela Universidade de Chicago em 1949, juntou-se a um grupo de estrategas da guerra do futuro, cujo trabalho era, nas palavras do especialista em engenharia nuclear da RAND, Herman Kahn, ‘pensar o impensável’. Por outras palavras, treinaram jogos de guerra nuclear e imaginaram cenários horríveis.
Na RAND, Marshall trabalhou não só com Herman Kahn  - um modelo para o Dr. Strangelove de Stanley Kubrick (18) - mas também com Albert Wohlstetter, uma das primeiras mentes eruditas, orientadoras dos falcões neoconservadores da administração Bush.
Enquanto estava na RAND, Marshall e vários colegas desempenharam um papel importante, embora oculto, nas eleições presidenciais de 1960, quando desempenharam funções como conselheiros de John F. Kennedy e criaram a falsa 'falha de mísseis', que JFK usou para derrotar Richard Nixon. (19)
Exames posteriores aos arquivos presidenciais e a outros materiais confirmaram que Kennedy estava genuinamente convencido dos relatórios emanados pelo Pentágono, particularmente da Força Aérea, que era próxima ao pessoal da RAND, de que os soviéticos teriam uma capacidade esmagadora de mísseis balísticos intercontinentais muito superior à dos Estados Unidos, no início dos anos 60. Quando ele, como Presidente, percebeu que tinha sido enganado, esse facto provocou, claramente, a sua profunda desconfiança em relação ao Pentágono e à CIA.(20)
No final dos anos 60, Andrew Marshall substituiu James Schlesinger  como Director dos estudos estratégicos da RAND. A busca de Marshall de uma estrutura para organizar e orientar o programa de estudos estratégicos de guerra da RAND conduziu ao seu relatório, ‘Competição a Longo Prazo com os Soviéticos: Uma Estrutura paraAnálise Estratégica’, publicada em 1972. 
Como um analista referiu:
Desde a década de 1980, o Sr. Marshall tem sido o promotor de uma ideia ... designada como RMA, ou a ‘Revolução nos Assuntos Militares’. A RMA, em termos gerais, considera que os avanços tecnológicos mudaram a própria natureza da guerra convencional. Em vez de conflitos conduzidos por tropas terrestres, a nova guerra convencional será conduzida quase como uma guerra nuclear, gerida por defesa estratégica e por computadores, em locais remotos, apontando mísseis aos inimigos.
O campo de batalha, como foi conhecido outrora, já não existe. A guerra, no vocabulário da RMA, será conduzida por satélites espiões e mísseis de longo alcance, por vírus de computador que desactivarão os sistemas ofensivos e defensivos dos inimigos e por um sistema de defesa em ‘camadas’, que tornaria os EUA impenetráveis.(21)
Para a maioria  sob o governo Clinton, durante a década de 1990, Marshall e os seus protegidos envelheciam, na obscuridade burocrática em vários lugares. Nem os avanços tecnológicos nem o clima político existia para possibilitar a RMA.
Então, durante a campanha presidencial de 2000, Bush prometeu uma "revisão imediata e abrangente das nossas forças armadas". Precisamente após algumas semanas sob a nova Administração, o novo Secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, ordenou que essa revisão fosse realizada. Foi executada pelo velho amigo de Rumsfeld, Andrew Marshall.
Marshall conheceu Rumsfeld e Dick Cheney quando cada um deles desempenhava as funções de Secretário da Defesa, na década de 1980 e no início da década de 90, respectivamente. Marshall teve imensa influência sobre as suas visões da guerra moderna e do destacamento de forças militares. De facto, foi ele que as delineou.
Os  ‘Cavaleiros Jedi’ de Marshall
Alguns indivíduos em Washington consideravam que Marshall era um neoconservador. De facto, Marshall representava o consenso da comunidade militar e de inteligência/serviços secretos do ‘establishment’ dos EUA, que ajudou a apoiar e a criar os falcões de guerra neoconservadores como uma voz poderosa, na política externa dos EUA.
Toda a estratégia militar de Bush provinha de uma rede unida de protegidos Marshall. Um olhar mais atento aos principais protegidos que trabalharam com ele no Pentágono, ao longo dos anos, era revelador. Incluía todos os arquitectos da ‘Operação Choque e Pavor’, a desastrosa estratégia de guerra do governo Bush no Iraque.
Entre os protegidos de Marshall estava Donald Rumsfeld. Rumsfeld era o chefe de Andrew Marshall, tanto em 1977, quando Rumsfeld agiu como Secretário da Defesa do Presidente Gerald Ford e, novamente, a partir de 2001 até à sua renúncia forçada em 2006 como o ‘bode expiatório’ da derrocada do Presidente Bush, no Iraque.
Desde 1974, Rumsfeld era o Chefe do Estado Maior da Casa Branca, do Presidente Ford até 1975, quando foi nomeado Secretário da Defesa, durante o mandato de George H. W. Bush, como Director da CIA. A colaboração de Rumsfeld e Bush Sénior, seria de longa data, embora, na época, Bush Sénior suspeitasse que Rumsfeld o tivesse nomeado como chefe da CIA, a fim de diminuir a sua possibilidade de se tornar Presidente.(22)


A falsidade da equipa B de Rumsfeld e Bush  
Durante o seu mandato como Secretário da Defesa, depois de 1975, Rumsfeld lutou para aumentar bastante o orçamento da defesa e fortalecer as forças estratégicas e convencionais dos EUA. Ele afirmou, juntamente com a ‘Equipa B’ de Bush, o então Director da CIA, que as tendências comparativas da força militar soviética e americana tinham uma desvantagem para os Estados Unidos de 15 a 20 anos e que, se continuassem, teriam o efeito de introduzir uma instabilidade fundamental no mundo.
A equipa B tinha sido criada, com a aprovação do Presidente Gerald Ford, em 1976, pelo então Director da CIA, Bush Sénior. A sua missão era propor uma avaliação alternativa da ameaça militar soviética à CIA, sob o seu antigo Director, William Colby.
Quando Colby foi procurado, em 1975, pelo Conselho Consultivo de Inteligência Estrangeira do Presidente para organizar um painel externo de especialistas para desafiar a CIA, Colby recusou, alegando que era desnecessário. Significativamente, Colby foi demitido durante o vergonhoso 'Halloween Massacre'  de Gerald Ford e foi substituído por Bush Sénior como Director da CIA, em 1976. O homem que orquestrou o massacre foi o Chefe do Gabinete do Presidente, Donald Rumsfeld.
A equipa B chegou à conclusão de que os soviéticos tinham desenvolvido várias armas novas, apresentando uma frota submarina de armas nucleares que usava um sistema de sonar que não dependia do som e era, portanto, indetectável pela tecnologia existente.
A análise que a Equipa B produziu, foi apontada,  posteriormente, como sendo falsa. De acordo com a Dra. Anne Cahn, da Agência de Controlo e Desarmamento de Armas, 1977-1980:
Diria que foi tudo uma fantasia ... se examinarem a maioria dos argumentos específicos da Equipa B sobre sistemas de armas, e se os examinarem, um a um, estavam todos errados. (23)
A equipa B - (a Equipa A tinha elaborado a análise original da CIA, indicando que não havia grande ameaça soviética) - foi liderada pelo Professor de História de Harvard, Richard Pipes, cujo filho, Daniel Pipes, integrou mais tarde a Administração George W. Bush como um neoconservador arrebatado. Entre os membros da equipa estava o General aposentado da Força Aérea, Daniel Graham, considerado por alguns em Washington, como o inovador do conceito anti-míssil de Reagan "Guerra das Estrelas".
Outro consultor da Equipa B foi o falcão neoconservador, Paul Wolfowitz, que exerceu o seu cargo sob as ordens do Secretário de Defesa Rumsfeld, depois de 2001. Wolfowitz supervisionou a aplicação da Revolução em Assuntos Militares, de Andrew Marshall no Iraque e também o renascimento da 'Guerra das Estrelas', destinada contra a Rússia.
Como os críticos apontaram, todos os membros da equipa B partilharam uma tendência geral semelhante, no sentido de exagerar a ameaça soviética, a fim de justificar o acréscimo militar dos EUA.(24)
A equipa B de Bush Sénior foi uma fraude total, um exercício de falsas estimativas de inteligência não muito diferentes daquelas que Rumsfeld e Wolfowitz gerariam para Bush Jr. durante a preparação para a Guerra do Iraque, em 2003. Os esforços da Equipa B não só destruíram os esforços de desarmamento do governo Carter, mas também lançaram as bases para a explosão desnecessária do orçamento de defesa dos EUA, durante o governo Reagan. Foi durante esses anos que, praticamente, todos os compatriotas de Rumsfeld foram elevados a posições de prestígio, no poder executivo.
Antes de integrar a Administração George W. Bush, em 2001, Rumsfeld era membro do Projecto do Novo Século Americano (PNAC), o ‘think tank’ de Washington que formulou a política de mudança de regime contra Saddam Hussein, em 1998, numa Carta Aberta ao Presidente Clinton, três anos antes de 11 de Setembro de 2001.
Quando foi forçado a renunciar devido ao desastre no Iraque, em Novembro de 2006, Rumsfeld foi citado por analistas militares como o pior Secretário de Defesa da História dos EUA. Foi substituído por um amigo fiel da família Bush, Robert Gates,  antigo Director da CIA, sob o Presidente George H. W. Bush.
A Cabala da Guerra de Marshall
Os protegidos de Andrew Marshall, a partir da década de 1980, formaram o núcleo implacável da equipa da Defesa e dos Serviços Secretos/Inteligência - os neoconservadores terríveis – da Administração do Presidente George W. Bush, depois de 2001.
Um membro notável da cabala de guerra de Bush Junior foi Dick Cheney, que já tinha trabalhado com Marshall, em 1989, quando Cheney se tornou Secretário da Defesa de Bush Sénior - pouco antes da primeira guerra entre o Iraque e os EUA, em 1991.
Entre as primeiras recomendações de Cheney, como chefe da equipa de transição de George W. Bush, em 2000, estava a nomeação de seu antigo mentor, Donald Rumsfeld, como Secretário da Defesa, e a nomeação de Paul Wolfowitz como adjunto de Rumsfeld. Cheney então insistiu em tornar John Bolton, que desempenhava a função de Vice Presidente do organismo neoconservador American Enterprise Institute (AEI), no novo Subsecretário de Estado para o Controlo de Armas e Segurança Internacional.(25)
Cheney visitou repetidamente o quartel general da CIA no período que antecedeu a guerra no Iraque, pressionando os analistas da CIA a descreverem uma visão mais sombria dos supostos laços de Saddam Hussein com a Al Qaeda e com as armas de destruição em massa. (26) Pareceu surpreendentemente semelhante ao tipo de pressão que tinha sido aplicada em administrações anteriores para se juntarem com os “serviços secretos/inteligência” a fim de reforçar uma agenda militar e o desenvolvimento da mesma.
Cheney também apoiou a criação do Gabinete de Planos Especiais/Office of Special Plans (OSP) do Pentágono e a nomeação do Subsecretário da Defesa, Douglas Feith, como Director. (27)
Feith, um antigo aluno de Harvard da Equipa B de Richard Pipes, antes de se juntar ao Pentágono, tinha sido um lobista de Washington das empresas de defesa Lockheed Martin e Northrop Grumman. Chefiou o controverso Gabinete de Planos Especiais/Office of Special Plans (OSP), de Setembro de 2002 a Junho de 2003, durante a invasão do Iraque.
A unidade, agora extinta, foi acusada de manipular informações para reforçar o apoio à invasão ilegal. Segundo o Guardian, "essa rede de inteligência da direita foi criada em Washington para questionar a CIA e fornecer uma justificativa para derrubar Saddam Hussein pela força". (28) Recordou quase exactamente a criação da Equipa B, de Bush Sénior, para falsificar as estimativas dos serviços secretos, mais de um quarto de século antes.
De acordo com a antiga Secretária Adjunta de Feith, a Tenente Coronel Karen Kwiatkowski - que estava em posição de observar, pessoalmente, as suas operações - o Gabinete de Planos Especiais era ‘uma loja de propaganda’.
Testemunhei que os detentores das agendas neoconservadoras dentro da OSP usurpavam avaliações medidas e cuidadosamente consideradas e, através da supressão e distorção da análise dos serviços secretos, promulgavam o que eram, de facto, falsidades ao Congresso e ao Gabinete Executivo do Presidente.(29)
O Senador Carl Levin, num relatório oficial sobre o Gabinete de Planos Especiais de Feith, apontou Feith como fornecendo à Casa Branca uma grande quantidade de ligações iraquianas-Al Qaeda que, após a invasão, se demonstraram ser falsas.(30) O então Secretário de Estado, Colin Powell, designou a operação de Feith no Pentágono, de gabinete da "Gestapo", alegando que era uma autoridade governamental separada e sem controlo, dentro do Pentágono.(31)
Feith, como Cheney, Rumsfeld e outros protegidos de Andrew Marshall, era membro fundador do PNAC e defendeu a mudança do regime iraquiano muito antes de se tornar Secretário Adjunto da Defesa de Rumsfeld.(32)
Outra figura-chave da Administração Bush pós-2001, da equipa de Andrew Marshal era Zalmay Khalilzad. Americano naturalizado, nascido no Afeganistão, Khalilzad tornou-se Conselheiro do Secretário de Defesa Rumsfeld. Também foi membro do Projecto para o Novo Século Americano (PNAC).
Khalilzad foi fundamental para tornar Hamid Karzai, um participante de longa data da CIA, como Presidente do Afeganistão. Em Setembro de 2004, Khalilzad foi acusado de tentar influenciar as próximas eleições presidenciais afegãs. De acordo com o Los Angeles Times:
Vários candidatos à presidência afegã ... asseguram que o Embaixador dos EUA e os seus assessores estão a esconder-se nos bastidores para garantir uma vitória convincente do presidente pró-americano que ocupa o cargo, o Presidente Hamid Karzai.(33)
Khalilzad, protegido de Dick Cheney e Paul Wolfowitz, também serviu como Embaixador dos EUA no Iraque, colocando-o no centro de dois grandes desastres de guerra dos EUA, desde 2003. A ascensão de Khalilzad ao poder começou em 1984, quando participou na Administração Reagan como consultor sobre o armamento dos Mujahadeen afegãos contra a União Soviética, no Afeganistão. Khalilzad era analista militar da RAND e também conselheiro especial da Unocal Oil Co., onde funcionou como contacto com os talibãs no Afeganistão. Inicialmente, Khalilzad recomendou que o governo Bush apoiasse o Talibã.
A Doutrina Wolfowitz: Mach I
O Vice Secretário da Defesa de Rumsefeld, Paul D. Wolfowitz, trabalhou com Andrew Marshall no Pentágono, de 1989 a 1992, quando Cheney era Secretário da Defesa. Era um dos neoconservadores mais guerreiros e foi o autor principal da Doutrina Bush, de Setembro de 2002, oficialmente conhecida como Estratégia da Segurança Nacional dos Estados Unidos, às vezes conhecida como ‘Doutrina Wolfowitz - a política de ataques militares preventivos, contra inimigos ou rivais percebidos ou ‘antecipados’.
Na qualidade de estudante da Universidade de Chicago, em 1964, Wolfowitz esteve sob a influência de um antigo colega de Andrew Marshall, da RAND Corporation, Albert Wohlstetter - outro estratega nuclear que teria inspirado o Dr. Strangelove, do filme de Stanley Kubrick. (34)
Durante a Administração Clinton, Wolfowitz formulou uma nova política externa em relação ao Iraque e a outros ‘potenciais estados agressores’, rejeitando a contenção a favor da ‘imposição antecipada’ - atacar primeiro para eliminar as ameaças, uma versão do ditado antigo ‘atire primeiro e pergunte depois’.
Juntos, Wolfowitz e o Secretário da Defesa, Rumsfeld, formularam e definiram, no início de 2002, a Doutrina Bush, de agressão unilateral e preventiva.
Wolfowitz tinha sido o autor de uma versão anterior de guerra preventiva. Em Março de 1992, o Washington Post publicou uma história sensacional, baseada num documento escapado, do Pentágono :
Num projecto secreto destinado a ajudar a ‘definir a direcção da nação para o próximo século’, o Departamento da Defesa convoca esforços conjuntos para preservar a supremacia militar global americana e impedir o aparecimento de uma super potência rival na Europa, na Ásia ou na antiga União Soviética ... O documento defende não apenas a preservação, mas a expansão dos mais exigentes compromissos americanos e a resistência aos esforços dos principais aliados para fornecer a sua própria segurança.
Em particular, o documento eleva as perspectivas de ‘uma garantia de defesa unilateral dos EUA’ para a Europa Oriental, ‘preferencialmente em cooperação com os outros estados da NATO’, e favorece o uso do poder militar americano para impedir ou punir o uso de armas nucleares, biológicas ou químicas, ‘mesmo em conflitos que, de outra forma, não envolvem directamente os interesses dos EUA’
Wolfowitz foi o arquitecto da política proposta em 1992. O Post observou,
O memorando foi redigido sob a supervisão de Paul Wolfowitz, Subsecretário da Política ... A estratégia central da estrutura do Pentágono é ‘estabelecer e proteger uma nova ordem’ que seja responsável pelos interesses dos países industrializados avançados a fim de desencorajá-los a desafiar nossa liderança’, se bem que mantendo, ao mesmo tempo, um domínio militar capaz de ‘dissuadir os potenciais concorrentes a aspirarem a um papel regional ou global mais amplo’.(35) (ênfase adicionada por nós)
O documento escapado, denominado ‘Orientação do Planeamento da Defesa’/Defense Planning Guidance (DPG), foi um esboço da grande estratégia dos EUA até ao final do séc. XX. Escrito após a Guerra do Golfo de 1991, o esboço exigia a preponderância militar dos EUA no mundo, mas principalmente na Eurásia, incluindo a antiga União Soviética e China, impedindo o aparecimento de qualquer poder potencialmente hostil ou rival. Pedia a prevenção contra Estados mesmo suspeitos de desenvolver armas de destruição em massa. O DPG imaginava um mundo em que a intervenção militar dos EUA no exterior se tornaria ‘uma característica constante’. Nem sequer mencionava as Nações Unidas.
DPG articulou a essência da Doutrina Bush de 2002, bem antes do seu governo. Conhecida como a 'Doutrina Wolfowitz', era particularmente reveladora das intenções do complexo industrial militar dos EUA, tendo sido escrita durante os meses imediatamente a seguir ao colapso da União Soviética e ao suposto fim da Guerra Fria.(36)
Embora suavizada na sua forma final, por insistência do então consultor de Segurança Nacional, Brent Scowcroft e do Secretário de Estado James Baker, o rascunho da DPG ocupou um lugar central na mente dos seus dois autores, Paul Wolfowitz e Lewis 'Scooter' Libby, como também do chefe deles na época, o Secretário de Defesa, Dick Cheney.
Uma década depois, a teoria foi transformada em prática após os ataques de 11 de Setembro de 2001. Nessa época, Dick Cheney tinha-se tornado no Vice Presidente mais poderoso da História dos EUA, e os autores do DPG, Paul Wolfowitz e Lewis Libby, tinham-se mudado para o centro da política externa, da Adminisração Bush.(37)
Outro protegido notável de Andrew Marshall, Dennis Ross, foi fundamental na política dos EUA para o Médio Oriente, sob o governo Clinton e ressurgiria como Conselheiro Especial para o Golfo Pérsico e para o sudoeste da Ásia, incluindo o Irão, para a Secretária de Estado do Presidente Obama, Hillary Clinton. Depois de deixar o governo Clinton, em 2000, Ross foi para o Instituto de Washington para a Política do Próximo Oriente, um importante ‘think tank’ neoconservador. Antes, Ross tinha desempenhado o cargo de Director Adjunto do Gabinete de Avaliação da Rede do Pentágono, sob Andrew Marshall, de 1982-1984
Dennis Ross era membro do PNAC e também era Director Executivo da AIPAC, o poderoso lobby não registado de Washington para o Likud, o partido da direita de Israel.
Na qualidade de grupo, os protegidos de Andrew Marshall formaram o lobby militar mais poderoso no estabelecimento das políticas dos EUA nos primeiros anos do séc. XXI. Advogavam a transformação radical da força, a instalação da defesa antimíssil, a agressão preventiva unilateral e a militarização do Espaço, a fim de usar as forças armadas dos EUA para alcançar, para os Estados Unidos e para os seus aliados mais próximos, o domínio total do planeta, bem como o domínio do Espaço exterior. Foi talvez o grupo de ideólogos mais perigoso da História dos Estados Unidos.
Visão de Marshall sobre Guerra de Alta Tecnologia
Entre os projectos militares favoritos de Marshall, havia várias armas de precisão, incluindo dispositivos robóticos, veículos não tripulados para funcionarem no céu, na Terra e nos submarinos, bem como dispositivos menores que poderiam mudar a guerra urbana ao serem capazes de rastejar pelos edifícios.
Marshall também estava intrigado com as empresas farmacêuticas que estavam a experimentar a manipulação neurológica e medicamentos para alterar o sistema nervoso e os pensamentos. Em 2003, pouco antes da invasão do Iraque, Marshall disse a um jornalista, numa entrevista rara e assustadora:
Os indivíduos que estão ligados à farmacologia neural dizem-me que estarão disponíveis, relativamente, em breve, certamente dentro de uma década, novas classes de medicamentos. Essas drogas são como produtos químicos naturais dentro das pessoas, apenas com características que modificam o comportamento e melhoram o desempenho. (38).
As novas tecnologias convertidas, a fim de serem utilizadas como armas, foi um elemento central da RMA de Marshall. O Afeganistão e o Iraque tornaram-se campos de testes, enormes e terríveis, para muitos dos projectos de estimação da estratégia da revolução dos Assuntos Militares  (RMA) de Marshall.
De acordo com o Monitor Multinacional de Janeiro/Fevereiro de 2003, cada elemento principal da estratégia de segurança nacional da Administração Bush - desde as doutrinas de ataques preventivos e ‘mudanças de regime’ no Iraque, até à postura nuclear agressiva e ao compromisso de instalar um sistema de defesa de mísseis ao estilo ‘Guerra das Estrelas’ - tinha sido desenvolvido e aperfeiçoado, antes da posse de Bush.
As novas políticas e programas tinham sido projectados em ‘think tanks’ conservadores, apoiados por empresas, como o Center for Security Policy, o Instituto Nacional de Políticas Públicas/ National Institute for Public Policy e o Projecto para um ‘Novo Século Americano’.(39)
Os ideólogos unilateralistas e os falcões neoconservadores, quase todos relacionados com Andrew Marshall, do Pentágono, juntamente com os principais indicados pelo governo que tinham vínculos com as principais empresas contratantes da Defesa, projectaram e estabeleceram a política externa e a política militar dos EUA, na Administração Bush. As nomeações de Barack Obama deram poucas razões para acreditar que haveria alguma mudança, apesar da nova campanha do Presidente para a ‘mudança’/Change.
O Verdadeiro Significado de ‘Preventivo’
Explorando os medos que se seguiram ao 11 de Setembro e impermeáveis às restrições orçamentais impostas a praticamente todas as outras formas de despesas federais, o complexo industrial militar levou os Estados Unidos à guerra no Iraque e a uma postura de guerra permanentemente agressiva.(40)
A teoria por trás da campanha de guerra de Bush contra o Iraque pode ser encontrada na Estratégia de Segurança Nacional do governo, de Setembro de 2002: embora os Estados Unidos se esforcem constantemente para conseguir o apoio da comunidade internacional, não hesitaremos em agir sozinhos, se necessário, para exercer os nossos direitos de legítima defesa, agindo preventivamente contra esses terroristas, para impedi-los de causar danos ao nosso povo e ao nosso país.(41)
Essa doutrina da guerra preventiva  aceite como política oficial dos EUA abriu a Caixa de Pandora para guerras unilaterais em todo o mundo. Além do mais, como os analistas militares, Hartung e Ciarrocca, apontaram:
A doutrina de prevenção, na verdade, está errada. A prevenção sugere atacar primeiro uma nação, se ela estiver pronta para atacar. A doutrina Bush é muito mais aberta, ao implicar que, um ataque dos EUA é justificado se uma nação ou organização puder representar uma ameaça em alguma data futura desconhecida.(42)
Essa doutrina, combinada com as mudanças na doutrina militar dos EUA, incluindo a supremacia nuclear, fez da posição militar dos EUA um dos maiores alarmes para estrategas militares experientes e para os que estão conscientes dos perigos de uma nova guerra nuclear por erro de cálculo.
A Revisão da Postura Nuclear de 2003 do Pentágono já deixava claro que as armas nucleares estavam aqui para ficar. O objectivo declarado das armas nucleares dos EUA na era dos falcões guerreiros Bush-Cheney, estava a mudar da dissuasão e armas de último recurso, para um componente central e utilizável do arsenal militar dos EUA. Essa foi a verdadeira razão do alarme soado pelo Presidente Putin, em Munique, em Fevereiro de 2007.
Uma das principais fontes dessa mudança dramática na política nuclear dos EUA - da dissuasão baseada em ameaças ao direito de usar forças militares antes de haver a provocação de um ataque - pode ser atribuída a grupos de reflexão financiados por empresas, como o Instituto Nacional de Políticas Públicas/ National Institute for Public Policy (NIPP).
O relatório do NIPP, de Janeiro de 2001, "Justificativa e Requisitos para o Controlo de Armas e Forças Nucleares dos EUA", serviu de modelo para o relatório de Bush de 2003. Tanto o relatório Bush, como o NIPP, recomendavam o desenvolvimento de uma nova geração de armas nucleares 'utilizáveis', de menor rendimento, expandindo a 'lista negra' nuclear dos EUA de possíveis alvos a abater e alargando o conjunto de cenários em que as armas nucleares podem ser usadas.
Ataques de Falsa Bandeira e o  'Achille Lauro
Na conclusão das suas recomendações sobre "Reconstruir as defesas da América", o grupo PNAC incluiu uma declaração chocante - chocante só após os dramáticos eventos de 11 de Setembro de 2001, um ano inteiro após o lançamento do relatório da PNAC. Inicialmente, o Presidente Bush referiu-se ao 11 de Setembro como ‘um novo Pearl Harbor’. Ele retirou essa referência, rapidamente. O excerto a seguir do relatório da PNAC pode revelar o motivo:
Os Estados Unidos não podem, simplesmente, declarar uma ‘pausa estratégica’ enquanto experimentam novas tecnologias e conceitos operacionais. Nem podem optar por prosseguir uma estratégia de transformação que dissocie os interesses americanos e os dos aliados. Por exemplo, uma estratégia de transformação que procurasse apenas a capacidade de projectar força dos Estados Unidos e sacrificasse a base e a presença a seguir, estaria em desacordo com os objectivos políticos americanos mais amplos e incomodaria os aliados americanos. Além do mais, o processo de transformação, mesmo que traga mudanças revolucionárias, provavelmente será longo, ausente dalgum evento catastrófico e catalisador - como um novo Pearl Harbor. (43) (Ênfase adicionada - por exemplo)
Os serviços serviços secretos americanos e outros haviam aperfeiçoado, há muito tempo, a técnica das operações de "bandeira falsa". Eram actos de horror que pareciam obra de algum oponente ou inimigo - no calão dos serviços secretos, uma “bandeira falsa”. Idealmente, os autores não sabiam em nome de quem agiam.
As operações de "bandeira falsa", na gíria dos serviços secretos, eram operações secretas conduzidas por governos, corporações ou outras organizações, planeadas para parecer que estavam a ser realizadas por outras entidades. O nome foi derivado do conceito militar de exibir cores falsas - ou seja, arvorar a bandeira de um país que não é o seu, com o objectivo de enganar.
O terrorismo de bandeira falsa significava que os terroristas acreditavam que estavam a seguir ordens "para ajudar a sua causa", sem perceber que a sua liderança tinha sido usurpada, há muito tempo, pelo inimigo.
Um ataque terrorista de bandeira falsa bem sucedido que desacreditou a causa dos palestinianos foi o caso do sequestro do navio de cruzeiros italiano "Achille Lauro," em 1985. A operação foi ordenada pelo Mossad, os serviços secretos de Israel, e levada a cabo pelos seus agentes dentro das organizações Palestinianas. Os pormenores dos preparativos foram relatados por um membro dos serviços secretos israelitas, Ari Ben-Menashe, antigo conselheiro dos serviços secretos especiais  do Primeiro Ministro israelita, Yitzhak Shamir, no seu livro "Profits of War". Segundo Ben-Menashe, o ataque no Achille Lauro foi "uma operação de propaganda 'negra' israelita para mostrar como os Palestinianos eram um bando de terríveis cortadores de gargantas. (44) Ele disse que o Mossad pagou milhões de dólares através de agentes que se faziam passar por "mafiosos da Sicília", a um homem chamado Abu'l Abbas para seguir as ordens "de efectuar um ataque e fazer algo cruel".
Então Abbas reuniu uma equipa para atacar o navio de cruzeiros. A equipa foi instruída para fazer algo terrível e mostrar ao mundo o que estava reservado a outros cidadãos inocentes, se as exigências palestinianas não fossem atendidas. O grupo pegou num judeu americano idoso, Leon Klinghoffer, numa cadeira de rodas, matou-o e lançou o seu corpo ao mar. Eles tinham exposto de maneira eficiente o seu ponto de vista. Mas para Israel, foi o melhor tipo de propaganda anti-palestiniana. (45)


11 de Setembro de 2001
A convocação do Vice Secretário da Defesa, Wolfowitz, Donald Rumsfeld e outros, imediatamente após 11 de Setembro de 2001, para lançar um ataque militar ao Iraque, em vez de perseguir o suposto mentor, Osama bin Laden, levou muitos investigadores astutos a perguntar se os ataques de 11 de Setembro 2001 eram, de facto, o “novo Pearl Harbor” pelos quais os autores do relatório da PNAC tinham rezado.
Um número crescente de cidadãos críticos começou a questionar as acusações contra Osama bin Laden, como sendo o mentor de 19 terroristas árabes. A ideia de que esses terroristas poderiam comandar, apenas com x-actos primitivos, quatro jactos comerciais sofisticados da Boeing e redirecionar três deles, com sucesso, como pilotos amadores aparentemente mal treinados, em manobras aéreas que os pilotos experientes alegavam ser quase impossíveis, estava a criar uma descrença crescente entre os americanos comuns, sobre a versão oficial do governo dos EUA.
O que ficou mais claro nos meses após o 11 de Setembro foi, que o ataque, no mínimo, foi claramente usado de imediato pelo governo Bush, como pretexto para iniciar uma guerra contra o Islão, intitulada 'Guerra ao Terror', o ‘Choque de Civilizações’, que o Professor de Harvard, Samuel Huntington, descreveu no início dos anos 90.

Muitos especialistas experientes em serviços secretos internacionais começaram a apresentar a possibilidade dos ataques de 11 de Setembro de 2001 terem sido uma operação de "bandeira falsa".
Eckehardt Werthebach, antigo presidente do serviço secreto interno da Alemanha, BundesVerfassungsschutz, disse à imprensa, logo após o 11 de Setembro, que ‘a precisão mortal e a magnitude do planeamento por trás dos ataques necessitariam de anos de planeamento’.
Uma operação tão sofisticada, disse Werthebach, exigiria a ‘estrutura permanente’ de uma organização de serviços secretos do Estado, algo não encontrado num "grupo instável" de terroristas como o supostamente liderado por Mohammed Atta, enquanto estudava em Hamburgo.
Muitas pessoas estariam envolvidas no planeamento dessa operação e Werthebach apontou a ausência de fugas de informação como mais um indício de que os ataques eram "acções organizadas pelo Estado". (46)
Andreas von Bülow desempenhou uma função numa Comissão Parlamentar Alemã que supervisionava os três ramos do serviço secreto alemão, enquanto membro do Bundestag ou parlamento alemão, de 1969 a 1994. Von Bülow disse à American Free Press que acreditava que os serviços secretos israelitas Mossad e a CIA, estava por trás dos ataques terroristas de 11 de Setembro. (47)
Ele acreditava que os planeadores usavam “assassinos profissionais” corruptos, como Abu Nidal, o terrorista palestiniano que von Bülow chamou de "um instrumento do Mossad", agentes de alto escalão da Stasi (antigo serviço secreto da Alemanha Oriental) ou agentes líbios que organizam ataques terroristas, usando pessoas dedicadas, por exemplo, “combatentes da liberdade” palestinianos e árabes (48)
Quer Werthebach, quer von Bülow disseram que a ausência de uma investigação aberta e oficial, como as audiências do Congresso, sobre os acontecimentos do 11 de Setembro, era incompreensível. O Vice-Presidente dos EUA, Cheney, rejeitou os pedidos para a "Revolução nos Assuntos Militares" de Yoda 207, como uma investigação independente, insistindo que ‘prejudicaria’ a Guerra ao Terror.
Somente em 2002, após um ano completo, o Congresso e não a Casa Branca, estabeleceu uma investigação oficial para investigar os acontecimentos relacionados com o 11 de Setembro de 2001. No entanto, os dois co-presidentes das "audiências conjuntas de supervisão", foram o senador da Flórida, Bob Graham e o congressista da Flórida, Porter Goss, um antigo agente da CIA que mais tarde se tornaria a escolha a dedo de George W. Bush para chefiar a CIA. Graham e Goss, presidentes das Comissões de Inteligência do Senado e da Câmara, respectivamente, optaram por conduzir as suaa investigações "à porta fechada". (49)
Havia poucas razões para esperar que algo parecido com uma investigação neutra ou honesta fosse conduzida por Graham e Goss. Como observou um pesquisador canadiano, o relatório final, emitido em Julho de 2003, essa mesma investigação omitiu as ligações cruciais entre os alegados criminosos da Al Qaeda e os serviços secretos de inteligência ISI do Paquistão, que desfrutavam de laços muito chegados com as forças do Taliban e da Al Qaeda. De acordo com o Washington Post:
Na manhã de 11 de Setembro, Goss e Graham estavam a tomar o pequeno almoço com um general paquistanês chamado Mahmud Ahmed - o Chefe dos Serviços Secretos do Paquistão que, em breve, seria demitido. Ahmed dirigia uma agência de espionagem notoriamente próxima de Osama bin Laden e do Taliban.(50) (Washington Post, 18 de Maio de 2002).
O investigador canadiano, Michel Chossudovsky observou:
Embora a investigação conjunta tenha acumulado montanhas de material de inteligência, através de omissão cuidadosa, os numerosos relatórios de imprensa e inteligência de domínio público (comunicação mediática convencional e alternativa, etc.), que confirmam que, membros importantes do governo Bush estavam envolvidos em actos de política camuflagem e foram cuidadosamente removidos das audiências do inquérito conjunto.(51)
O Ministro da Justiça alemão, Horst Ehmke, PhD, coordenou os serviços secretos alemães directamente sob o Primeiro Ministro Willy Brandt, na década de 1970. Quando Ehmke viu as imagens na televisão do 11 de Setembro, disse que parecia uma "produção de Hollywood ... Os terroristas não poderiam ter realizado uma operação com quatro aviões roubados sem o apoio de um serviço secreto". (52) Ehmke não quiz apontar qualquer agência em particular.
Ainda mais sombrio na sua avaliação dos acontecimentos do 11 de Setembro, nos Estados Unidos, foi uma das figuras militares mais experientes da Rússia, veterano dos métodos da Guerra Fria, o General Leonid Ivashov. Num discurso proferido numa conferência internacional em Bruxelas, no início de 2006, Ivashov declarou:
... O [T]errorismo não é algo independente da política mundial, mas simplesmente um instrumento, um meio para instalar um mundo unipolar com um único quartel general mundial, um pretexto para apagar as fronteiras nacionais e estabelecer o domínio de uma nova elite mundial. É precisamente essa elite que constitui o elemento chave do terrorismo mundial, o seu ideólogo e o seu "padrinho". O principal alvo da elite mundial é a realidade histórica, cultural, tradicional e natural; o sistema existente de relações entre Estados; a ordem nacional e estatal mundial da civilização humana e a identidade nacional….
O terrorismo é a arma usada num novo tipo de guerra. Ao mesmo tempo, o terrorismo internacional, em cumplicidade com a comunicação mediática, torna-se o gestor dos processos globais. É, precisamente, a simbiose entre a comunicação mediática e o terror, aquilo que permite modificar a política internacional e a realidade existente.
O especialista em terrorismo russo continuou a examinar os pormenores do 11 de Setembro:
Neste contexto, se analisarmos o que aconteceu em 11 de Setembro de 2001, nos Estados Unidos, podemos chegar às seguintes conclusões:
1. Os organizadores desses ataques foram os círculos políticos e empresariais interessados em desestabilizar a ordem mundial e quem tinha os meios necessários para financiar a operação. A concepção política dessa acção amadureceu lá, onde surgiram tensões na administração dos recursos financeiros e outros. Temos que procurar as razões dos ataques na coincidência dos interesses do grande capital, aos níveis global e transnacional, nos círculos que não estavam satisfeitos com o ritmo do processo de globalização ou com a sua direcção. Ao contrário das guerras tradicionais, cuja concepção é determinada pelos generais e pelos políticos, desta vez, os oligarcas e os políticos submetidos aos anteriores, foram os que o concretizaram.
2. Somente os serviços secretos e os seus chefes actuais - ou aposentados, mas ainda exercendo influência nas organizações estatais - têm a capacidade de planear, organizar e conduzir uma operação de tal magnitude ... Planear e executar uma operação dessa escala é extremamente complexo….
3. Osama bin Laden e a "Al Qaeda" não podem ser os organizadores nem os executantes dos ataques de 11 de Setembro. Eles não têm a organização, os recursos ou as chefias necessárias. Assim, teve de ser criada uma equipa de profissionais e os kamikazes árabes são apenas extras para mascarar a operação.
A operação de 11 de Setembro modificou o curso dos acontecimentos no mundo na direcção escolhida pelas máfias transnacionais e pelos oligarcas internacionais; isto é, aqueles que esperam controlar os recursos naturais do planeta, a rede mundial de informações e os fluxos financeiros. Esta operação também favoreceu a elite económica e política dos EUA, que também tenta conseguir o domínio mundial. (53)
Na visão de Ivashov, o uso do termo "terrorismo internacional" tinha os seguintes objectivos:
Esconder os objectivos reais das forças empregadas em todo o mundo na luta pelo domínio e pelo controlo; dirigindo o povo para uma luta de objectivos indefinidos, contra um inimigo invisível;
Destruir normas internacionais básicas e mudar conceitos como: agressão, terror estatal, ditadura ou movimento de libertação nacional;
Privar os povos de seu legítimo direito de lutar contra as agressões e rejeitar o trabalho dos serviços secretos estrangeiros;
Resolver problemas económicos por meio dum rígido regime militar usando a guerra ao terror como pretexto. (54)
Alguns responsabilizaram George W. Bush, Cheney e Rumsfeld directamente pelo 11 de Setembro. Stanley Hilton, o antigo Chefe de Gabinete do Senador Bob Dole, advogado de Washington, representou famílias das vítimas do 11 de Setembro. Ele processou o Presidente George Bush por envolvimento no 11 de Setembro. Numa entrevista, em 10 de Setembro de 2004, no programa da rádio  de Alex Jones, Hilton afirmou:
... [Estamos] a processar Bush, Condoleezza Rice, Cheney, Rumsfeld, Mueller (chefe do FBI) por cumplicidade, pelo facto de, pessoalmente, não só permitirem que o 11 de Setembro aconteça, mas por ordená-lo ... mais provas que tenho aduzido há um ano e meio, tornou óbvio para mim de que agora é, sem dúvida, uma operação do governo e que representa o maior acto de traição e assassinato em massa da História americana.
Hilton estava convencido de que os quatro aviões de ataque foram "controlados por controle remoto". Ele explicou ainda mais:
Como afirmei, anteriormente, há um ano e meio, existe um sistema chamado Cyclops (Ciclope). Há um chip de computador no nariz do avião que permite que o controlo de solo desactive o controlo do piloto do avião e o controle e faça voar directamente para essas torres. (55)
O advogado Hilton nunca venceria este caso e o mundo, provavelmente, nunca obterá as provas necessárias – especialmente, porque o governo Bush se recusou veementemente a nomear uma comissão de inquérito verdadeiramente independente para o 11 de Setembro e permitiu que a maioria das provas vitais, incluindo especialmente os pilares de aço das torres do World Trade Center, fossem enviados imediatamente para o estrangeiro, para sucata. O aliado de Bush, o herói do 11 de Setembro, o Prefeito de Nova York, Rudy Giuliani, chegou a emitir ordens proibindo os bombeiros de Nova York de tentar recuperar os restos dos seus colegas mortos nos escombros, prendendo vários bombeiros que desafiaram a ordem.
Um ‘Novo Pearl Harbor’?
Horas após os ataques ao World Trade Center de Nova York, em 11 de Setembro de 2001, o Presidente George W. Bush disse ao mundo: "Fomos atacados como nunca desde Pearl Harbor". A Casa Branca anulou, rapidamente, outras referências a Pearl Harbor. No contexto dos ataques do World Trade Center, o comentário de Bush fez com que jornalistas sérios examinassem, de novo, o relatório de Setembro de 2000, referente ao Projecto para o Novo Século Americano, “Reconstruindo as Defesas da América”. Nesse relatório, os autores - incluindo Dick Cheney e Donald Rumsfeld - haviam defendido uma grande transformação da postura de defesa dos EUA. Escreveram:
É provável que essa "transformação seja longa, sem algum evento catastrófico e catalisador - como um novo Pearl Harbor". [Ênfase adicionada, por nós]
A referência a Pearl Harbor, pronunciada pelo Presidente,  foi um uso mal calculado de palavras, o que levou a muitas perguntas embaraçosas sobre o que é que a Administração Bush sabia, antes do 11 de Setembro.
Quem quer que tenha sido o responsável pelos ataques de 11 de Setembro de 2001, o resultado inegável foi uma histeria militar e uma mobilização de defesa não vista nos Estados Unidos, desde o ataque a Pearl Harbor, em Dezembro de 1941, que levou os Estados Unidos à Segunda Guerra Mundial contra a Alemanha, Japão e Itália.
Esse ataque de bombardeio original do Japão, em Pearl Harbor, como  as Audiências secretas do Congresso dos EUA, em 1946, estbeleceram, foi conhecido com bastante antecedência pelo Presidente Roosevelt e por um punhado das principais autoridades militares dos EUA, dias antes da frota dos EUA ser bombardeada. Poderia ter sido evitado e milhares de vidas americanas salvas. Roosevelt decidiu, a sangue-frio, "deixar acontecer" para levar os Estados Unidos a uma guerra que ele e seus principais planeadores haviam calculado que venceriam. Foi o começo de uma guerra para estabelecer o que Henry Luce imediatamente chamou de "O Século Americano".
Em 1946, no fim da Guerra, uma Comissão Conjunta de Investigação ao Ataque de Pearl Harbor, do Congresso dos EUA, presidida pelo Senador Alben Barkley, de Kentucky, ouviu um relatório do Conselho do Exército dos EUA. Foi classificado como "Top Secret" e só foi desclassificado décadas depois. (56)
O relatório foi uma acusação explosiva da Administração Roosevelt, do próprio Roosevelt e do general MacArthur, o grande "herói" do Exército da guerra do Pacífico. Os ataques a Pearl Harbor e à frota de bombardeiros da Força Aérea do Exército dos EUA, pelo Japão em 1941, custaram 2.403 mortos americanos, 1.178 feridos, bem como a perda de 18 navios de guerra e 188 aviões. Já em 26 de Novembro, duas semanas antes do ataque, Roosevelt havia sido urgente e pessoalmente alertado sobre um ataque iminente a Pearl Harbor pelo Primeiro Ministro britânico, Winston Churchill. Roosevelt respondeu despojando a frota de Pearl Harbor de defesas aéreas, para garantir o sucesso japonês. A mensagem de 26 de Novembro de Churchill para Roosevelt, foi o único documento na sua correspondência, que até hoje nunca foi tornado público, por razões de "segurança nacional".
O ataque devastador a Pearl Harbor deu a Roosevelt a justificação para travar a guerra que ele procurava tão urgentemente. Foi uma guerra para criar um novo Império Americano. A máquina militar americana não perdeu tempo a responder ao ataque de 11 de Setembro de 2001, como um "novo Pearl Harbor". Era como se um sonho se tornasse realidade para o complexo industrial militar americano e para os seus patrocinadores, dentro da Administração e do Congresso. (57)
Os ataques de 11 de Setembro de 2001, lançaram as bases para aquilo que o governo Bush solenemente declarou que seria uma Guerra Global ao Terror, uma guerra amorfa e indefinida contra possíveis "inimigos" em todas os territórios, em todas as aldeias, em todas as áreas de potencial combate, desde o ciberespaço até às rotas marítimas. Foi um argumento ou pretexto feito sob encomenda, para uma expansão maciça das despesas militares e uma projecção global do Domínio Total do Espectro, do Pentágono.
Seja qual for a verdade suprema sobre os acontecimentos do 11 de Setembro, a elite do poder americano pretendia, claramente, usar o seu domínio militar global para estender os limites do seu poder e influência a todo o planeta, depois de Setembro de 2001, assim como o relatório do plano do PNAC de Setembro de 2000 - Reconstruindo as Defesas da América - exigia. Era uma tentativa cada vez mais desesperada de sustentar um império em ruínas que, como a Roma antiga, o Império Otomano, a Rússia Czarista e o Império Britânico antes dele, já havia apodrecido muito profundamente, a partir de dentro.
Notas de rodapé: 1 Elaine Lafferty, “Missile defence is about money and it's here to stay,” Irish Times, July 25, 2001 (https://www.globalsecurity.org/org/news/2001/010725-bmd.htm)
2 Robert McNamara, Speech at the University of Michigan commencement, Ann Arbor, June 22, 1962, quoted in Michio Kaku and Daniel Axelrod, To Win A Nuclear War: The Pentagon’s Secret War Plans (Boston: South End Press, 1987), 138. https://www.amazon.co.uk/Win-Nuclear-War-Pentagons-Secret/dp/0896083217
3 Henry I. Trewitt, McNamara: His Ordeal in the Pentagon, (New York: Harper and Row, 1971), 115. https://www.amazon.com/McNamara-Ordeal-Pentagon-Henry-Trewhitt/dp/B000R0HQMI
4 David R. Morgan, Ballistic Missile Defense in the context of the evolution of US nuclear weapons policy during the past fifty years, Testimony to Standing Committee on National Defense, House of Commons, Ottawa, March 19, 1999, in cndyorks.gn.apc.org.
5 Michio Kaku, Op. Cit.
6 David R. Morgan, Op. Cit. See also National Security Council Institutional Files, Policy for Planning the Employment of Nuclear Weapons,, 17 Jan 1974, NSDM 242, in http://64.233.183.104/search?q=cache:xHvc_74xiroJ:nixon.archives.gov/find/textual/pre sidential/nsc/institutional/finding_aid.pdf+NSDM242+henry+kissinger+role+in&hl=en&ct=clnk&cd=3&gl=de&client=firefox-a + https://www.bsb-muenchen.de/mikro/lit2857.pdf
7 Michio Kaku, Op. Cit., 76.
8 Herbert Scoville, MX: Prescription for Disaster, (Boston: MIT Press, 1981), 54. http://scoville.org/herbert-scoville-jr/articles-about/
9 Kaku, Op. Cit., 179.
10 Ibid, 207. 10 Morgan, Op. Cit.
11 "The Battlefield of the Future" - 21st Century Warfare Issues", Air University, https://apps.dtic.mil/dtic/tr/fulltext/u2/a358618.pdf Chapter 3, p. 1, Jeffrey McKitrick, James Blackwell, Fred Littlepage, Georges Kraus, Richard Blanchfield and Dale Hill
12 Nicholas Lehman, “Dreaming About War,” The New Yorker, July 16, 2001. https://www.comw.org/qdr/0107lemann.html
13 James Der Derian, “The Illusion of a Grand Strategy,” The New York Times, May 25, 2001. https://www.nytimes.com/2001/05/25/opinion/the-illusion-of-a-grand-strategy.html
14 Kaku, Op. Cit., 186.
15 Lt. Col. Robert Bowman, Arming the Heavens, radio documentary for the National Radio Satellite System, WBAI-FM, NewYork, 1985. https://en.wikipedia.org/wiki/Robert_M._Bowman
16 Morgan, Op. Cit.
17 Derian, Op. Cit.
18 Elaine Lafferty, “Missile Defense Is About Money And It’s Here To Stay,” Irish Times, July 25, 2001.
19 Ken Silverstein, “The Man From ONA,” The Nation, October 25, 1999. After his election, when President Kennedy discovered that he had been deceived by senior Pentagon and RAND analysts, he became distrustful of the military leadership. This mutual distrust was a prominent factor during JFK’s reaction to the Cuban missile crisis.
20 Christopher A. Preble, “Who Ever Believed in the 'Missile Gap?: John F. Kennedy and the Politics of National Security,” Presidential Studies Quarterly, Vol. 33, 2003. https://www.jstor.org/stable/27552538?seq=1#page_scan_tab_contents
21 Lafferty, Op. Cit. 22 Bob Woodward, Bush At War (New York: Simon and Schuster, 2002) 21–22.
23 Melvin A. Goodman, “Righting the CIA (About Team B)”, The Baltimore Sun, November 19, 2004, p.21. Goodman notes he resigned from the CIA in 1990 because of the ‘politicization of intelligence on the Soviet Union by CIA Director William Casey, and his Deputy for Intelligence, Robert Gates.’ Gates by 2006 repaced Rumsfeld as US Secretary of Defense, a post he remained in under President Barack Obama.
24 Sam Tanenhaus, "The Mind Of The Administration: A Continuing Series On The Thinkers Who Have Shaped The Bush Administration's View Of The World," The Boston Globe, November 2, 2003. Tanenhaus notes, "At times, Team B performed logical somersaults that eerily foreshadowed Bush administration statements on Iraq and weapons of mass destruction. Just because super-weapons like a "non-acoustic antisubmarine system" couldn't be found, Pipes's report argued, that didn't mean the Soviets couldn't build one, "even if they appeared to lack the technical know-how."
25 Jim Lobe, “Cheney’s Mask is Slipping,” Asia Times, October 1, 2003.
26 Ibid.
27 Julian Borger, “The Spies Who Pushed for War,” The Guardian (London), July 17, 2003. https://www.theguardian.com/world/2003/jul/17/iraq.usa
28 Ibid.
29 Ibid.
30 Ibid.
31 William Hamilton, “Bush Began to Plan War Three Months After 9/11,” Washington Post, April 17, 2004.
32 Gary Kamiya, “The Road to Hell,” Salon.com, October 2, 2005, accessed in https://www.salon.com/2005/10/07/packer_3/.
33 Paul Watson, “US Hand Seen in Afghanistan Election,” Los Angeles Times, September 23, 2004
34 Laura Rosen, “Inside AEI’s Bunker,” Mother Jones, January 7, 2009. https://www.motherjones.com/politics/2009/01/inside-aeis-bunker/
35 Barton Gellman, “Keeping the U.S. First; Pentagon Would Preclude a Rival Superpower,” Washington Post, March 11, 1992. http://goodtimesweb.org/overseas-war/2014/wp-pentagon-us-rival-superpower-mar-11-1992.html
36 David Armstrong, “Dick Cheney’s Song of America: Drafting a Plan for Global Dominance,” Harpers Magazine, October 2002. https://www.transcend.org/tms/2011/09/dick-cheney%E2%80%99s-song-of-america/
37 Tom Barry and Jim Lobe, “The Men Who Stole The Show,” October 2002, in Foreign Policy in Focus, http://www.peacehost.net/PacifistNation/box2.html http://www.fpif.org/papers/02men/index.html.
38 Douglas McGray, “The Marshall Plan,” WIRED, issue 11.02, February 2003. https://www.wired.com/2003/02/marshall/
39 William Hartung and Michelle Ciarrocca, “The Military-Industrial Think Tank Complex: Corporate Think Tanks And The Doctrine Of Aggressive Militarism. (The Business of War),” Multinational Monitor, Jan-Feb. 2003, https://www.questia.com/magazine/1G1-98167936/the-military-industrial-think-tank-complex-corporatein www.allbusiness.com/specialty-businesses/473260-1.html.
40 Ibid.
41 Ibid.
42 Ibid.
43 Project for the New American Century, Rebuilding America’s Defenses, Washington D.C., September 2000 https://cryptome.org/rad.htm
44 Ari Ben-Menashe, Profits of War: Inside the Secret U.S.-Israeli Arms Network (New York: Sheridan Square Press, 1992) 122. https://www.amazon.com/Ari-Ben-Menashe-Profits-War-U-S-Israeli/dp/B00SB4WTGK
45 Ibid. In a curious footnote to the Achille Lauro case, it was notable that the UN Naval officer who led the successful capture of the Achille Lauro hijackers in October 1985, was Admiral David Jeremiah, who on retiring became an active member of JINSA and other neo-conservative organizations close to the Likud Israeli right-wing. See Stephen Green, Op.Cit.
46 Christopher Bollyn, Intel Expert Says 9-11 Looks Like A Hollywood Show, 22 March 2004, accessed in www.globalresearch.ca/articles/BOL403A.htmlhttps://archives.globalresearch.ca/articles/BOL403A.html
47 Christopher Bollyn, “Euro Intel Experts Dismiss ‘War on Terrorism’ as Deception,” American Free Press, December 4, 2001 (http://www.ratical.org/ratville/CAH/911deception.htmlhttps://ratical.org/ratville/CAH/911deception.html
48 Ibid.
49 James Risen, “Trace of Terror: The Congressional Hearings; Rifts Plentiful as 9/11 Inquiry Begins Today,” The New York Times, June 4, 2002. https://www.nytimes.com/2002/06/04/us/trace-terror-congressional-hearings-rifts-plentiful-9-11-inquiry-begins-today.html
50 Richard Leiby, “A Cloak But No Dagger,” Washington Post, May 18, 2002. http://www.takeoverworld.info/Goss,_Ahmad-WAPO__A_Cloak_But_No_Dagger.htm
51 Michel Chossudovsky, The 9/11 Joint Inquiry chairmen are in "conflict of interest: Mysterious September 11 Breakfast Meeting on Capitol Hill, August 4, 2003, accessed in https://archives.globalresearch.ca/articles/CHO308C.html
52 Christopher Bollyn, “The German Secret Service Speaks of 9/11,” OpEdNews, June 15, 2007 https://www.opednews.com/populum/page.php?f=20genera_christop_070612_the_german_secret_se.htm
53 Leonid Ivashov (General, ret.), International Terrorism does not exist, Axis for Peace Conference, Brussels, January17, 2006, in  https://www.voltairenet.org/article133909.html
54 Ibid.
55 Stanley Hilton, Transcript: Alex Jones Interviews Stanley Hilton, The Alex Jones Show, September 13, 2004, in http://www.serendipity.li/wot/hilton_interview.htm
56 Alben W. Barkley, Senator, et al, Investigation of the Pearl Harbor Attack, Report of the Joint Committee on the Investigation of the Pearl Harbor Attack, 79th Congress, 2nd Session, US Senate, Document No. 244, US Government Printing Office, July, 1946. http://www.ibiblio.org/pha/congress/Vol40.pdf

57 Mark E. Willey, Pearl Harbor: Mother of All Conspiracies https://www.amazon.com/Pearl-Harbor-Mother-All-Conspiracies/dp/0738868892

A Seguir:
CAPÍTULO ONZE
Full Spectrum Dominance ou Loucura Completa?

Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos 
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com
Webpage: NO WAR NO NATO

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Manifestações

2007 Speech

UKRAINE ON FIRE

Discurso do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, na manhã do dia 24 de Fevereiro de 2022

Discurso do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, Tradução em português




Presidente da Rússia, Vladimir Putin: Cidadãos da Rússia, Amigos,

Considero ser necessário falar hoje, de novo, sobre os trágicos acontecimentos em Donbass e sobre os aspectos mais importantes de garantir a segurança da Rússia.

Começarei com o que disse no meu discurso de 21 de Fevereiro de 2022. Falei sobre as nossas maiores responsabilidades e preocupações e sobre as ameaças fundamentais que os irresponsáveis políticos ocidentais criaram à Rússia de forma continuada, com rudeza e sem cerimónias, de ano para ano. Refiro-me à expansão da NATO para Leste, que está a aproximar cada vez mais as suas infraestruturas militares da fronteira russa.

É um facto que, durante os últimos 30 anos, temos tentado pacientemente chegar a um acordo com os principais países NATO, relativamente aos princípios de uma segurança igual e indivisível, na Europa. Em resposta às nossas propostas, enfrentámos invariavelmente, ou engano cínico e mentiras, ou tentativas de pressão e de chantagem, enquanto a aliança do Atlântico Norte continuou a expandir-se, apesar dos nossos protestos e preocupações. A sua máquina militar está em movimento e, como disse, aproxima-se da nossa fronteira.

Porque é que isto está a acontecer? De onde veio esta forma insolente de falar que atinge o máximo do seu excepcionalismo, infalibilidade e permissividade? Qual é a explicação para esta atitude de desprezo e desdém pelos nossos interesses e exigências absolutamente legítimas?

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VP




Before the Presidential Address to the Federal Assembly.



The President of Russia delivered
the Address to the Federal Assembly. The ceremony took
place at the Manezh Central Exhibition Hall.


January
15, 2020


vp

President of Russia Vladimir Putin:

Address to the Nation

Address to the Nation.

READ HERE


brics


Imagem

PT -- VLADIMIR PUTIN na Sessão plenária do Fórum Económico Oriental

Excertos da transcrição da sessão plenária do Fórum Económico Oriental

THE PUTIN INTERVIEWS


The Putin Interviews
by Oliver Stone (
FULL VIDEOS) EN/RU/SP/FR/IT/CH


http://tributetoapresident.blogspot.com/2018/07/the-putin-interviews-by-oliver-stone.html




TRIBUTE TO A PRESIDENT


NA PRMEIRA PESSOA

Um auto retrato surpreendentemente sincero do Presidente da Rússia, Vladimir Putin

CONTEÚDO

Prefácio

Personagens Principais em 'Na Primeira Pessoa'

Parte Um: O Filho

Parte Dois: O Estudante

Parte Três: O Estudante Universitário

Parte Quatro: O Jovem especialista

Parte Cinco: O Espia

Parte Seis: O Democrata

Parte Sete: O Burocrata

Parte Oito: O Homem de Família

Parte Nove: O Político

Apêndice: A Rússia na Viragem do Milénio


contaminação nos Açores



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